A Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear) exaltou a performance das companhias aéreas em dezembro. A média de decolagens diárias chegou a 2.036 mil, o que representa 85,3% da malha doméstica ao início de março de 2020, quando estava no patamar de 2,4 mil partidas diárias. Este seria o melhor dos últimos 21 meses desde abril de 2020, quando a oferta afundou para apenas 163 voos diários (6,8%).
“Esses dados mostram a resiliência das companhias aéreas brasileiras, apesar das dificuldades geradas pela pandemia, da alta do querosene e dos constantes recordes de cotação do dólar, já que mais de 50% dos custos do setor são dolarizados”, afirma Eduardo Sanovicz, presidente da Abear. Segundo ele, as operações aéreas deverão atingir a normalidade ainda em março ou abril deste ano.
Já em relação ao mercado internacional, dados mostram que as companhias alcançaram, em dezembro, 41,1% da malha de voos em comparação com patamares pré-pandemia. Neste caso, Sanovicz afirma que a recuperação integral deverá ser obtida até o fim de 2023.
“A ABEAR encerra com orgulho o ano de 2021, após atravessar o pior período da maior crise da história da aviação comercial brasileira. Mas é muito importante lembrar que para podermos obter uma retomada consistente é necessário enfrentar os custos estruturais, principalmente a alta do QAV e a tributação que ainda onera o setor e a sociedade”.
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