O turismo nacional faturou R$ 152,4 bilhões em 2021, de acordo com levantamento do Conselho de Turismo (CT) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), divulgado nesta terça-feira (22). O valor representa um crescimento porcentual de 12% em relação a 2020.
Entretanto, segundo o balanço da FecomercioSP, o nível ainda está 24,2% abaixo de 2019, quando o setor faturou R$ 201,2 bilhões, já descontada a inflação.
Dentre as atividades, o transporte aéreo foi o mais importante para o crescimento anual em 2021, com alta de 28% e um faturamento acumulado de R$ 37,7 bilhões. Na sequência, veio o grupo de alojamento e alimentação, que registrou crescimento de 13,1%, faturando R$ 45,2 bilhões. As variações destes segmentos foram mais acentuadas também por terem registrado as maiores retrações em 2020 (-50,8% e -36%, respectivamente).
Entretanto, a Federação ressalta que isso não anula a recuperação sólida do ano passado, com a reabertura da economia, graças à vacinação. Os outros grupos que apontaram aumento em 2021 foram: transporte aquaviário (8,8%), transporte terrestre (7,2%), locação de veículos, agências e operadoras (2,5%) e atividades culturais, recreativas e esportivas (1,6%).
FecomercioSP: resultados de dezembro
Segundo a FecomercioSP, em dezembro de 2021, o faturamento do turismo brasileiro foi de R$ 16,7 bilhões, alta de 22,6% em comparação ao mesmo período de 2020. O destaque ficou por conta do setor aéreo, com crescimento de 60,6% em relação a dezembro do ano anterior. O segmento obteve o maior faturamento do turismo: R$ 5,2 bilhões.
Já os serviços de alojamento e alimentação registraram alta anual de 15,7% (faturamento de R$ 4,9 bilhões), enquanto as atividades culturais, recreativas e esportivas apontaram crescimento de 13,1% (R$ 1,16 bilhões).
As demais elevações foram observadas nas atividades de transporte aquaviário (13,3%), transporte terrestre – intermunicipal, interestadual e internacional – (9,5%) e locação de meios de transporte, agência de turismo, operadoras e outros serviços de turismo (2,7%).
Maior prazo para reembolso e redução de imposto
Dentre os maiores pleitos da FecomercioSP para o turismo continuar se desenvolvendo está a prorrogação dos benefícios da Lei 14.046/20, que permite às empresas realizar reembolsos em até 12 meses e a redução do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), de 25% para 6%, que foi vetado pelo Governo e repudiado pelo trade nacional.
Mariana Aldrigui, presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP, destacou que é cada dia mais urgente que os responsáveis pelas políticas nacionais de turismo compreendam a relevância do setor para o País.
“O turismo é uma atividade eminentemente sustentável, geograficamente distribuída, capaz de empregar pessoas com os mais distintos níveis de qualificação e que, quanto melhor estruturada, mais recursos internacionais pode trazer”, disse.
“No entanto, a forma como vem sendo tratada coloca o Brasil em posição desfavorável no cenário internacional, perdendo competitividade mesmo internamente”, concluiu Mariana.
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