De acordo com Ed Bastian, CEO da Delta Air Lines, a recuperação da demanda para o setor de companhias aéreas superou as expectativas nos últimos meses. “Nunca vi uma demanda tão forte na minha carreira”, afirmou ao confirmar que a empresa viu na última semana o maior volume de agendamentos em um único dia de sua história. As informações são da BusinessTraveller.
“Não vimos queda alguma na demanda. Ainda não retomamos nossa agenda completa, então quando digo que tivemos nosso ‘maior dia de reservas’, isto leva em consideração o fato de não termos 15% de nossos assentos disponíveis; ou seja, a demanda já superou níveis de 2019″, complementou.
De acordo com Bastian, sequer houveram picos de cancelamentos devido ao conflito da Ucrânia, mantendo a alta performance desde o início da retomada. “A demanda se manteve com muita resiliência, e não observamos impacto algum na relutância de viajantes dos EUA à caminho da Europa”.
Além disso, o executivo manteve otimismo ao divulgar dados sobre a sustentabilidade das operações de viagens de negócios: “Os EUA se encontram em um nível mais alto que a Europa, mas coletivamente voltamos a 60 por cento da demanda. Espero que isso sirva de lição para os pessimistas que acreditariam que não voltaríamos à metade do volume pré-pandêmico.”
Otimismo para o futuro de um passado pessimista
O presidente da Delta Air Lines ainda acredita que o segmento de viagens de negócios terá seu panorama completamente remoldado por conta das vídeo-conferências, e que novos tipos de demanda surgirão ao invés do setor ser “completamente esmagado” pelas novas tecnologias.
“Nos EUA, pessoas procuram trabalhar com práticas mais flexíveis […] e com isso, o quadro de funcionários procura trabalhar de regiões remotas, aproveitando o modelo híbrido para viajar enquanto trabalham – essas são novas demandas de viagem. Isso significa que pessoas podem planejar suas vidas e melhorar sua mobilidade”, teoriza.
Outro elemento que Bastian acredita que deve ser abandonado é a tendência do setor de se comparar com níveis de 2019: “Acreditamos que nossa economia nos próximos anos, particularmente nos EUA, se tornarão significantemente maiores que no período pré-pandemia”.
“Consumidores possuem US$ 2,2 trilhões em fortunas que construíram nos últimos anos. Viagens de negócios são afastadas da base da economia, e apesar dos impactos inflacionários como o custo dos combustíveis poderem afetar a demanda, no presente momento não identificamos queda alguma nos Estados Unidos”.
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