De acordo com o relatório de Insights em TI para Bagagens, da Sita, o número de malas extraviadas quase dobrou de 2021 para 2022, atingindo 7,6 bagagens por mil viajantes, o que representa um aumento de 75% em relação a 2021. Em 2022, as bagagens que sofreram atrasos representaram 80% de todas as malas extraviadas. Já as perdidas e roubadas aumentaram para 7% e as danificadas e furtadas reduziram para 13%.
Historicamente, as malas dos voos com conexão são responsáveis pela maioria das bagagens extraviadas. Este salto é atribuído ao retorno das viagens internacionais e de longa distância. A falha no carregamento de bagagens foi responsável por 18% de todas as que foram extraviadas em 2022, representando uma redução de 3% em relação ao ano anterior. Estes erros mais do que dobraram em comparação a 2021, representando 9% de todas as malas atrasadas em 2022, devido a sobrecargas operacionais nos sistemas de bagagem.
“Como setor, precisamos trabalhar fortemente para garantir que os passageiros voltem a ter confiança ao despachar suas bagagens. Nós, da Sita, estamos atuando diretamente com companhias aéreas e aeroportos para auxiliar na solução dos principais pontos críticos da jornada da bagagem, por meio da automação inteligente, rastreamento e plataformas digitais”, ressalta David Lavorel, CEO da Sita.
Investir em informações em tempo real que informa o status das malas tornou-se uma das principais prioridades das companhias aéreas, com 57% delas fornecendo a seus funcionários acesso em dispositivos móveis a essas informações. A expectativa é que esse número aumente significativamente para 84%, até 2025. Além disso, 67% das companhias aéreas planejam oferecer o status em tempo real da bagagem diretamente aos passageiros, o que representa um aumento significativo em relação aos 25% atuais.
A Sita desenvolveu o sistema WorldTracer Auto Reflight em resposta direta às altas taxas de extravios observadas nas transferências. Essa solução identifica automaticamente as bagagens que provavelmente não chegarão ao voo de conexão. Sendo assim, a tecnologia planeja e reenvia as malas no próximo disponível, utilizando a etiqueta de bagagem existente e mantendo o passageiro informado.
A empresa estima que a automação das operações de reenvio poderia economizar até US$ 30 milhões por ano para a indústria. A recente parceria entre a Lufthansa e a empresa, que utiliza a tecnologia, tem como objetivo digitalizar o processo manual de reenvio de malas. Além disso, os resultados da Prova de Conceito da solução sugerem que 70% das bagagens extraviadas da Lufthansa, no Aeroporto de Munique, na Alemanha, podem ser automaticamente reembarcadas.
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