O impacto da pandemia foi grande para todos os segmentos do turismo, mas em especial as viagens de longa distância, cuja recuperação tem sido modesta em função das restrições e menor confiança dos viajantes. Estudo da Mabrian sobre os dados de conectividade aérea de mercados europeus, revela que o volume de assentos em voos de longa distância estão entre 7% e 11% abaixo dos níveis de 2019. O resultado aponta crescimento em relação a 2022, quando o declínio foi entre 30-60% do patamar pré-pandemia.

A pesquisa, realizada em mercados da Itália, Espanha, Inglaterra, França e Alemanha, apontou ainda uma mudança significativa na distribuição geográfica das rotas de longa distância. Há novas rotas para destinos remotos, alguns deles de aeroportos secundários, e as rotas já existentes estão se recuperando de forma diferente entre os diferentes aeroportos de um mesmo país.

“Embora a recuperação das conexões de longa distância mostre uma tendência positiva, fatores contextuais atuais devem ser levados em consideração, além da demanda, que podem limitar esse tipo de rota”, afirma Carlos Cendra, Diretor de Marketing e Vendas da Mabrian. “Nesse sentido, a percepção e a preocupação com viagens conscientes podem ser um fator chave que desacelera essas rotas, pelo menos como as conhecemos. Além dos possíveis regulamentos e requisitos que venham a ser estabelecidos”, acrescenta.

Recortes nacionais

No caso da Inglaterra, as viagens de longa distância estão 7% abaixo dos níveis de 2019 e a recuperação não é uniforme em todos os aeroportos. Na Alemanha, o percentual está em 11%, mas com uma redução significativa nas conexões com países distantes, totalizando 24% países conectados a menos. A Itália também está 11% abaixo dos níveis pré-pandemia e aumentou sua conectividade com diversos destinos, mas perdeu outros.

O volume de viagens de longa distância partindo da Espanha, por sua vez, se encontra 8% abaixo de 2019, mas os números de países conectados diminuiu apenas 3%, ao compensar perdas com novas rotas. No caso da França, o percentual também está em 8%, enquanto o número total de países conectados diminuiu 9%.

Foto: ThePixelman/Pixabay


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