Copenhague/Dinamarca – O tema sustentabilidade é a pauta do dia no MSC Euribia, que será inaugurado oficialmente nesta quinta-feira (6), em Copenhague, na Dinamarca. Após inaugurar sua Kids Area em parceria com a Organização Mundial do Turismo (OMT) por meio da MSC Foundation, a empresa – que está realizando o World Ocean Day 23 – promoveu um painel, moderado por Bud Darr, vice-presidente executivo de Política Marítima e Assuntos Governamentais do Grupo MSC, com líderes para destacar as inovações que o navio possui e sobre o futuro na relação entre sustentabilidade e cruzeiros.
Pierfrancesco Vago, presidente da MSC, enfatizou que a ideia deste painel é justamente apresentar as novidades e, sobretudo, mostrar o quão longe a empresa chegou e onde vai chegar. “Os cruzeiros são capazes de funcionar com o futuro dos combustíveis livres de emissão de carbono. Realizamos a primeira viagem de emissão líquida zero de gases de efeito estufa. Estamos comprometidos com muito mais para ainda este ano”, declara.
Vago ainda relembra que dados demonstram que o segmento de cruzeiros é responsável por 3% das emissões globais de carbono do mundo. Contudo, não deixa de destacar como qualquer tipo de impacto negativo no planeta é prejudicial da mesma maneira. “Estamos liderando o caminho, acelerado para a descarbonização. Estamos assumindo esta responsabilidade maior e isso nos deixa extremamente orgulhosos”, conclui em seu discurso.
Mikkel Aarø-Hansen, CEO da Wonderful Copenhagen – empresa responsável pela promoção turística da capital dinamarquesa – agradece à MSC por escolher o destino para a inauguração de seu 22º navio. Além disso, destacou o trabalho realizado pela empresa para que o setor cresça ainda mais na região, sem deixar a sustentabilidade de lado.
“Todos os dias, tentamos fazer o nosso melhor para impulsionar o desenvolvimento do turismo em uma direção estável, juntamente com centenas de parceiros, públicos e privados, em Copenhague, na Dinamarca e em toda a região do Báltico e estamos orgulhosos de ser presidente de consultoria de uma forte rede comprometida com sustentabilidade”, comenta.
O profissional também agradece e parabeniza a MSC por ser uma das empresas que assinaram um Memorando de Entendimento iniciado pela Cruise Baltic no qual a empresa se compromete no fornecimento de energia onshore. “Saudamos a MSC por ir além deste compromisso com ações reais, tangíveis e ambiciosas para a criação de uma indústria estável. Que sirva de inspiração! A Dinamarca é um país de marinheiros e, por mais de mil anos, é uma cidade portuária. Com esse legado vem a responsabilidade de se desenvolver de forma sustentável”, comemora.
Palavra dos líderes
Segundo palavras de Linden Coppell, vice-presidente de Sustentabilidade e ESG da MSC, este compromisso da empresa de descarbonização é algo no qual todas as empresas, organizações e destinos devem investir e que tecnologias em prol da sustentabilidade serão temas ainda mais constantes e responsáveis pelo impulsionamento do mercado.
“Mas não esqueçamos que existem muitas outras áreas de sustentabilidade que, de alguma forma, contribuem para a descarbonização e para tornar o mundo realmente um lugar melhor. Se estamos olhando para algo como tecnologias de descarbonização, precisamos colocar as pessoas certas no negócio, por exemplo, precisamos nos preparar. Quando apresentamos os navios de GNL, introduzimos toda uma gama de material de aprendizado para aqueles que estão diretamente envolvidos no processo e para toda a tripulação”, destaca a executiva.
Linden também ressalta que as ações sustentáveis são cada vez mais exigidas para que haja não só a sustentabilidade ecológica, mas também financeira e social por meio do trabalho, por exemplo, com comunidades locais. “Há muitas comunidades por aí que estão começando a fazer essas perguntas sobre nosso desempenho, quais são nossas intenções, o que queremos fazer, garantindo que trabalhemos juntos por meio de cartas de intenção e acordos. Como temos metas e compromissos muito fortes, precisamos ajudar a impulsioná-los em nossa cadeia de suprimentos”, explica.
Michelle Francioni, Vice-presidente sênior da MSC, todo este trabalho da MSC é uma longa jornada para mostrar que a emissão líquida zero é possível. Por isso, são colocadas em prática uma série de iniciativas que provam este movimento. “Estamos em constante análise com a tecnologia e metas estabelecidas e fico feliz em dizer que vencemos por algo de 11%, que significa a economia de 45 toneladas de combustível. Isso é resultado da cooperação e da contínua otimização”, se orgulha.
Dentre as ferramentas otimizadas, Francioni cita o ar-condicionado do navio, sobretudo porque se trata de uma embarcação muito grande. “A colaboração é muito importante e é com o sistema de demanda de energia que temos trabalhado para otimizar o ponto de ajuste que será otimizado o sonho da embarcação. Então, penso novamente em uma combinação de coisas que são possíveis hoje. E obviamente estamos ansiosos para expandir no futuro para o restante da operação”, estima.
Henri Doyer, diretor do Programa Chantiers de L’Atlantique, também se orgulha do trabalho de tecnologia implementado no navio que permite a constante avaliação e desempenho do navio para otimizar seu impacto. Este trabalho é realizado por meio de análises de big data que vãoo tanto para um equipe no navio quanto em terra.
“Analisamos os dados e damos recomendações de conselhos ao operador do navio para melhor usar o hardware existente, usar o software, o poder da digitalização para operar o navio melhor e não de você. Isso pode contribuir para mais de 10% da economia que queremos alcançar. O principal fator que podemos calcular é a velocidade do navio. Por causa do telhado”, declara o executivo.
Além disso, ele ainda declara que trabalhar com um novo tipo de energia é trabalhar com conversores eficientes de mecanismos. “Precisamos de combustíveis limpos, podemos projetar navios que possam operar com combustíveis ocidentais. Os dois novos combustíveis mais promissores novos combustíveis verdes como um bio rotacionam nosso GNL e metanol e este será o caminho para atingir nossas metas”, complementa.
Mikael Arts, gerente geral da MSC, destaca, por sua vez, os sistemas a bordo do navio, sobretudo o GNL, combustível capaz de reduzir em até 20% a emissão de gases de efeito estufa, além do deslizamento de metano. “A redução das emissões de óxido de nitrogênio é 85% maior em comparação com o diesel. É um resultado tremendo”, declara.
Apesar dos bons resultados, Arts afirma que ainda há muito a melhorar. “Se eu olhar o que temos no pipeline de desenvolvimento e na tecnologia, veremos que seremos capazes de lançar uma tecnologia da nova era que fará reduções significativas. E o que também estamos fazendo é tornar essas tecnologias o mais confortável possível. Portanto, no final deste ano, a partir do próximo ano, teremos mais atualizações capazes de adaptar dois motores a bordo desta embarcação. Então é uma melhoria contínua”, antecipa.
Marie Caroline Laurent, diretora geral da Clia na Europa, deixa claro que os navios construídos na região mostram sua responsabilidade para com todos os clientes da indústria e com todos os destinos que visitam. Além disso, ela fala sobre o trabalho da Europa em reduzir em 55% as emissões da União Europeia até 2030 e, pela primeira, o transporte marítimo está incluído na atuação.
“Adotamos e apoiamos esse objetivo regulatório. Na prática, por cada tonelada de CO2 que qualquer navio emitir na Europa terá de ser pago por isso e hoje o preço do carbono dependendo do mercado está entre 90 e 100 euros por tonelada, o que é obviamente um primeiro incentivo significativo bom para continuar essa transição”, detalha.
A profissional também falou sobre os navios poderem se conectar à eletricidade em terra. “Já estamos com 40% dos nossos navios de cruzeiro se conectando á eletricidade em terra e, nos próximos cinco anos, seremos cerca de 75%. Portanto, haverá agora uma obrigação e uma implantação progressiva para usar cada vez mais energia renovável no setor naval. O que isso significa energia renovável”, diz.
Melissa Williams, vice-presidente de Assuntos Marítimos, Setores e Descarbonização da Shell, conclui o painel, afirmando que a Shell está trabalhando para entender o que os seus clientes precisam para o contínuo desenvolvimento, como é o caso da MSC. “Estamos evitando, reduzindo e compensando. O GNL é um substituto perfeito. É 20% menor que o do destilado e do combustível. E assim, sempre que tivermos a oportunidade de construir um novo, enviaremos combustível duplo, tecnologia inoxidável, etc. Vamos fazer isso”, se prontifica a executiva.
A profissional ainda complementa destacando a importância do além de trocar de combustível, mas deixar a operação mais eficiente. “Existem sistemas de lubrificação a ar, muitas tecnologias digitais, e este navio tem a maioria delas disponíveis para reduzir o consumo de combustível. Estamos todos nós trabalhando juntos, o que fica claro com a representação aqui neste painel, que estamos todos caminhando na mesma direção”, finaliza.
Inauguração do MSC Euribia
A inauguração do MSC Euribia acontecerá nesta quinta-feira (8) de junho em Copenhague, na Dinamarca. A capital foi escolhida pela empresa devido à sua rica herança marítima e dedicação à sustentabilidade. Estes fatores se unem às características da nova embarcação, considerada a mais avançada em termos ambientais até hoje.
A inauguração contará com a presença de diversos convidados, incluindo dignitários locais, agentes de viagens parceiros, imprensa internacional – incluindo o Brasilturis Jornal – e vários nomes conhecidos. Dentre famosas personalidades está Sophia Loren, atriz vencedora do Oscar que mantém relacionamento de longa data com a companhia e será madrinha de seu 19º navio da MSC Cruzeiros.
Sarah Grünewald, apresentadora de televisão dinamarquesa, irá comandar a celebração. Ao longo do evento, os convidados poderão participar de jantar de gala, assistir a tradicional quebra da garrafa de champanhe no casco do navio e aproveitar de entretenimento e apresentações ao vivo, incluindo Bob Sinclar, DJ francês e produtor musical, para encerrar a noite.
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