Após o anúncio da 123 Milhas, feito na noite de sexta-feira (18), a agência entrou virou alvo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga pirâmides financeiras com criptomoedas. Além disso, o Ministério do Turismo também não viu a atitude com bons olhos, e acionou o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) para que, por meio da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), avalie a instauração de um procedimento investigativo.
Áureo Ribeiro, deputado federal que preside a CPI, usou as redes sociais para afirmar que os parlamentares devem averiguar a situação. “É muito grave o comunicado da 123 Milhas de suspensão das viagens agendadas de setembro a dezembro de 2023. A CPI das Pirâmidas Financeiras vai investigar o caso dos prejuízos causados aos brasileiros.”
Além disso, ambos os ministérios estão empenhados na busca de mecanismos que evitem que situação semelhante voltem a se repetir e na responsabilização de empresas que, porventura, tenham agido de má-fé. Com isso, o MTur e o MJSP acompanharão, de perto, o avanço das investigações preliminares e manterão informadas todas as pessoas e setores envolvidos.
Segundo Rodrigo Tritapepe, diretor de Atendimento do Procon de São Paulo, a empresa será notificada nesta segunda-feira (21). Ao CNN Brasil, o diretor também disse que cabe ao consumidor decidir como quer ser ressarcido após o cancelamento das passagens promocionais.
Entenda o caso:
Na sexta-feira (18), a empresa divulgou que suspenderia os pacotes e a emissão de passagens de sua linha promocional, “Promo” – de datas flexíveis -, e que os clientes receberiam vouchers, com correção monetária, que poderão ser usados em produtos da 123 Milhas.
A empresa diz que tomou essa decisão pela “persistência de fatores econômicos e de mercado adversos, relacionados principalmente à pressão da demanda e ao preço das tarifas aéreas”. A companhia também informou que as vendas já haviam sido interrompidas na quarta-feira (16).
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