Desde o início dos ataques contra o Hamas, na noite do último sábado (7), mais de 15 companhias aéreas já cancelaram os voos que tem Israel como ponto de partida ou destino. Os cancelamentos aumentaram após o registro de explosões próximas ao Aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv.
Ao todo, já são 17 companhias com voos cancelados: Air France, American Airlines, United Airlines, Delta Air Lines, Express Air Freight, Tuss Air, Pegasus, Ryanair, Arkia, Aegean, Vueling, Iberia, Ita, Royal Air Maroc, Air Canada, Tap e Turkish Airlines. O cancelamento está previsto para durar 48 horas, mas será reavaliado conforme a escalada do conflito.
Até o momento, companhias aéreas dos EUA seguem operando voos diretos a Tel Aviv das principais áreas metropolitanas do país, incluindo Nova York, Washington e Miami.
No Brasil, operadoras de turismo que atendem o destino estão precisando lidar com a situação e a Braztoa, associação que representa as operadoras de turismo brasileiras, já se pronunciou dizendo que está acompanhando o caso, atenta a qualquer atualização.
Fabiano Camargo, presidente da entidade, adiantou que a situação dos viajantes brasileiros se mantém sob controle, já que o aeroporto de Tel Aviv segue operando. Para os brasileiros que não têm assistência, Fabiano recomenda procurar instruções de repatriamento junto ao Itamaraty.
Confira abaixo, na íntegra, o comunicado de Fabiano Camargo, presidente da Braztoa.
“A Braztoa segue acompanhando a situação em Israel e municiando seus associados com informações oficiais, no que diz respeito a viagens e turismo, tão logo elas sejam divulgadas. Este é um momento que pede muita atenção e comunicação para que a segurança de todos seja garantida. Neste sentido, a entidade está monitorando os comunicados do Ministério do Turismo de Israel, do Ministério de Relações Exteriores, entre outros órgãos, e já solicitou posições de empresas aéreas no Brasil, para reunir dados e elaborar instruções certeiras e eficientes aos seus membros.
As operadoras de turismo com clientes em trânsito estão em contato constante com seus fornecedores de serviços locais e, neste momento, a situação se mantém sob controle, principalmente pelo fato de o aeroporto de Tel Aviv continuar operando sem restrições. Ao mesmo tempo, estão conversando com clientes a respeito de embarques próximos e futuros. O foco é absoluto na segurança de todos.
Até o presente momento, como a malha aérea israelense está em pleno funcionamento, não se faz necessária a repatriação. Ressaltamos que nossos operadores prestam assistência a seus passageiros, cuidando de cada caso individualmente. Na eventualidade de existirem cidadãos e turistas brasileiros não-assistidos, recomendamos obter instruções junto ao Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty).
A Braztoa segue à disposição dos seus associados para auxiliá-los e apoiá-los em qualquer situação.”
Brasileiros devem procurar o consulado
Por meio de nota, o governo federal afirmou que planeja a repatriação de brasileiros que estão na região de guerra, por meio de voos da Força Aérea Brasileira (FAB). No entanto, ainda não há previsão de quando será realizado o primeiro voo.
A Embaixada do Brasil publicou, no site, um formulário para inscrição de quem tem interesse nos voos de repatriação. Até a noite do domingo (8), mais de mil brasileiros que estão em Israel e Palestina fizeram o registro. Sem ter uma data para o início da operação de resgate, a orientação é que os brasileiros que tenham bilhetes aéreos comprados, embarquem nos voos comerciais disponíveis.
O governo brasileiro montou no Itamaraty estrutura para o acompanhamento da situação dos brasileiros na região.
Os plantões consulares da Embaixada em Tel Aviv (+972 (54) 803 5858) e do Escritório de Representação em Ramala (+972 (59) 205 5510), com WhatsApp, permanecem em funcionamento para atender nacionais em situação de emergência. Há ainda o plantão consular geral do Itamaraty, que pode ser contatado por meio do telefone +55 (61) 98260-0610.
Com informações da CNN e G1
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