Com o objetivo de estimular um turismo voltado a todos os perfis de público, o painel “São Paulo para todo mundo: Turismo 360° na maior metrópole do Brasil”‘, realizado durante a 2ª edição da Conferência Internacional de Turismo (Confetur),abordou temas como o afroturismo, inclusão, acessibilidade e diversidade. O evento acontece nos dias 30 e 31 de outubro, no Sheraton São Paulo WTC.

Com a mediação de Tiago Lopes, turismólogo e influenciador digital, o painel foi palco para discussões sobre como o turismo cultural vem sendo praticado em São Paulo, com foco em estimular o desenvolvimento de roteiros e atrativos que sejam acessíveis para todos os perfis de público.

Participaram do debate Ricardo Gomes, presidente da Câmara de Comércio e Turismo LGBT do Brasil; Dika Vidal (SMPED); Prof. Amâncio Jorge Silva Nunes de Oliveira, do Museu do Ipiranga; Mena, arquiteto e grafiteiro; Hubber Clemente, fundador do Afroturismo HUB; e o diplomata Luis Fernando Cardoso de Almeida (SMRI).

“Hoje, São Paulo tem um dos maiores acervos de arte urbana do nosso planeta, sendo considerada uma das capitais da arte urbana e eu tenho muita honra de estar nesse lugar. A arte tem uma importância muito grande para nossa sociedade e humanidade, trazendo acessibilidade, inspiração, pertencimento, rotatividade e transmissão de mensagens”, contou Gabriel Menezes, ou Mena, como é chamado o arquiteto cuja obras têm como principal característica as cores quentes e vibrantes.

O artista ainda frisou o fato de poder levar a arte para fora dos museus, promovendo a acessibilidade por meio do seu trabalho. “Encontrei minha missão de vida fazendo arte, levando mensagem para as pessoas e para o mundo, embelezando a nossa cidade, São Paulo, principalmente”, contou Mena.

Hubber Clemente, fundador do Afroturismo HUB, incentivou o público a pensar na forma que o turismo é realizado no dia a dia. “Quando a gente fala da cidade de São Paulo, estamos falando de uma cidade que tem um potencial enorme dentro do afroturismo por ser a cidade com o maior número de habitantes negros fora do continente africano, são mais de 4 milhões. Devemos pensar qual é o formato de turismo que é feito para essas pessoas e onde essas pessoas se reconhecem quando vão fazer uma atividade”, instigou.

Hubber está lançando o Fórum São Paulo de Afroturismo, uma organização sem fins lucrativos cuja missão é difundir o afroturismo. O evento será realizado no dia 2 de dezembro, em São Paulo, e reforça o movimento que pensa no turismo de uma maneira afrocentrada onde o turista negro é um aliado da causa anti-racista.