A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) projeta que a Black Friday deste ano atingirá uma movimentação financeira recorde de R$ 4,64 bilhões. Esse valor representa um crescimento de 4,3% em relação ao ano anterior, descontando a inflação, e marca a maior movimentação desde a inclusão da Black Friday no calendário do varejo em 2010.
O presidente da CNC, José Roberto Tadros, destaca a mudança no comportamento do consumidor e o apelo às promoções como impulsionadores desse desempenho econômico. Tadros ressalta o papel crucial do e-commerce e a facilidade de comparação de preços na aceleração das vendas durante a Black Friday. No ano passado, durante a pandemia, as vendas tiveram a maior expansão anual, com um aumento de 13,2% em relação a 2019.
Em 2023, os segmentos de eletroeletrônicos e utilidades domésticas (R$ 1,28 bilhão) e de móveis e eletrodomésticos (R$ 1,05 bilhão) deverão representar quase metade (48%) da movimentação financeira estimada. Os setores de hiper e supermercados (R$ 1,02 bilhão) e vestuário, calçados e acessórios (R$ 0,73 bilhão) também devem se destacar.
A desaceleração da inflação e a inflexão nas taxas de juros são fatores que devem impulsionar as vendas este ano. O economista da CNC, Fabio Bentes, destaca que a flexibilização da política monetária a partir de agosto contribuirá para um ambiente favorável ao aumento das vendas de bens duráveis.
O monitoramento da demanda nos últimos 30 dias revela que os produtos mais buscados pelos consumidores incluem aparelhos de ar-condicionado (+177,3%), aparelhos de TV (+88,0%) e fogões (+68,6%). Bentes ressalta que a busca intensa por esses itens contribui para justificar a ausência de elevados potenciais de desconto.
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