Três dias após o acidente entre um avião da Japan Airlines (JAL) e um outro da Guarda Costeira do Japão – que deixou cinco mortos e 17 pessoas feridas no Aeroporto Internacional de Haneda, em Tóquio (JP) -, a pista de pouso e decolagens segue interditada e passageiros ainda sofrem com atrasos e cancelamentos de voos. Até esta sexta-feira (5), mais de 200 voos domésticos com pouso ou decolagem no terminal aéreo foram cancelados, impactando milhares de pessoas.
Até o momento, a JAL cancelou 102 voos domésticos, enquanto a All Nippon Airways (ANA) suspendeu 98 partidas. Já a Starflyer cancelou 14 voos e a Skymark Airlines suspendeu apenas um voo.
Além dos cancelamentos, as companhias aéreas informaram que poderão ocorrer alterações nos horários. A orientação aos passageiros é manter-se atualizados com as informações sobre os voos.
O acidente deixou todas as quatro pistas do aeroporto fechadas durante algum tempo. Três delas foram liberadas na terça-feira, mas a pista C continuou interditada para que os destroços das aeronaves pudessem passar pela investigação. A expectativa é de que os serviços permaneçam interrompidos até o domingo, previsão de quando as partes dos aviões sejam completamente removidas da pista e as verificações de segurança sejam concluídas.
Prejuízo financeiro
A Japan Airlines estimou que a colisão resultou em um prejuízo operacional de cerca de ¥15 bilhões, equivalente a cerca de US$104,81 milhões. A perda da aeronave será coberta pelo seguro, cuja apólice que inclui “todos os riscos” está avaliada em cerca de US$130 milhões.
O Airbus A350 da JAL que foi destruído por um incêndio após o acidente no aeroporto de Haneda, em Tóquio, tem dois anos de idade e foi a primeira perda de casco em nível global para o modelo A350, de acordo com a Aviation Safety Network. O modelo, feito em grande parte de composto de carbono, entrou em serviço comercial em 2015.
As ações da JAL subiram 0,5%, mostrando uma reação discreta ao acidente, já que as negociações foram retomadas após o feriado de Ano Novo. Inicialmente, elas caíram até 2,4% antes de se recuperarem dessa queda.
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