O avião da Guarda Costeira japonesa envolvido no acidente com o Airbus A350 da Japan Airlines, ocorrido na última terça-feira (02) no Aeroporto Internacional de Haneda, em Tóquio, não tinha permissão para decolar. A informação tem base na transcrição dos diálogos entre a torre de controle do terminal aéreo e os aviões minutos antes do acidente acontecer.
O voo comercial 516 da Japan Airlines (JAL) vinha do norte do Japão e colidiu com a aeronave da guarda costeira japonesa ao pousar. Cinco, dos seis membros da guarda costeira a bordo ado avião, morreram, exceto o capitão que foi socorrido com ferimentos graves e segue internado. Do voo comercial, foram evacuadas todas as 379 pessoas a bordo, algumas destas com ferimentos leves.
O Comitê de Segurança de Transporte do Japão está investigando o caso, juntamente com a polícia de Tóquio; Ministério dos Transportes, Infraestrutura e Turismo; Autoridade Britânica de Investigação da Aviação; nove equipes de investigação da Airbus, fabricante do avião da JAL, e da Agência Francesa de Investigação de Acidentes Aéreos.
As investigações tiveram início no dia seguinte ao acidente fatal, mas ainda não há um veredito sobre todas as circunstâncias. De acordo com a transcrição dos áudios, os controladores de tráfego aéreo não sabiam da posição da aeronave da guarda costeira japonesa. A orientação repassada pela torre de comando, segundo o áudio, era de seguir para um ponto de retenção em uma pista de taxiamento. Os arquivos também mostram que o voo comercial da JAL teve autorização para pousar.
Durante o interrogatório com funcionários do Ministério dos Transportes, Infraestrutura e Turismo, controladores de tráfego aéreo informaram não “estavam prestando atenção na aeronave da Guarda Costeira porque permaneciam ocupados com outras tarefas, como a coordenação de outros aviões”. Além disso, foi informado que o avião parou na pista de pousos e descolagens apenas 40 segundos antes da colisão.
O acidente deixou todas as quatro pistas do aeroporto fechadas durante algum tempo. Três delas foram liberadas ainda na terça-feira, mas a pista C continuou interditada para que os destroços das aeronaves pudessem passar pela investigação. A expectativa é de que os serviços permaneçam interrompidos até o domingo, previsão de quando as partes dos aviões sejam completamente removidas da pista e as verificações de segurança sejam concluídas. Por conta disso, o Aeroporto Internacional de Haneda já teve mais de 200 voos cancelados.
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