Para promover a igualdade racial, valorizar a história, a memória e a cultura afro-brasileira, bem como o afroturismo e impulsionar o desenvolvimento turístico no Brasil, foi publicado nesta quinta-feira (07) o decreto que instituiu o Grupo de Trabalho
Interinstitucional Rotas Negras.
Em uma ação conjunta, o grupo composto por representantes dos ministérios do Turismo, da Igualdade Racial (MIR) e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) além de outros órgãos federais, busca reconhecer a importância da transversalidade das políticas públicas voltadas a pauta da população negra do país.
“Essa iniciativa é uma resposta afirmativa à necessidade de reconhecimento e preservação das contribuições fundamentais da cultura afro-brasileira para a identidade nacional, visando a construção de um setor turístico mais inclusivo e diversificado”, disse Celso Sabino, ministro do Turismo, ressaltando o importante passo dado com o Grupo de Trabalho.
O Rotas Negras representa uma inovadora e abrangente iniciativa do Governo Federal para o desenvolvimento turístico, cujo principal propósito é promover e enaltecer a cultura afro do Brasil por meio da criação de roteiros turísticos envolvendo os
entes federados aderentes ao Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir) e ao Mapa do Turismo.
Através da criação destes roteiros, o projeto busca destacar e celebrar as diversidades da cultura afro-brasileira, proporcionando uma experiência enriquecedora aos visitantes. Ao incorporar diferentes entes federados, o Rotas Negras estabelece uma conexão direta entre o desenvolvimento turístico e a promoção da igualdade racial, contribuindo para a valorização das comunidades afrodescendentes em todo o território nacional.
A iniciativa busca, também, gerar renda e empregos para as comunidades e territórios afro-brasileiros, além de enaltecer a rica cultura ligada as raízes negras, que serve como alicerce para inúmeros movimentos culturais existentes.
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, destacou o objetivo do programa que será elaborado no GT. “O Rotas Negras vem para fortalecer a cadeia produtiva do turismo, gerar emprego e renda e apresentar um Brasil rico, diverso e com muitas histórias que merecem ser contadas e conhecidas, com a valorização de pessoas que vivem nesses locais com dignidade e mantendo a viva a história e cultura negra nas cidades”, diz.
Também farão parte do Grupo de Trabalho Interinstitucional representantes do Ministério da Cultura (MinC), do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), do Instituto Brasileiro de Turismo (EmbraTur), do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e da Fundação Cultural Palmares.
Com essas ações, o governo federal pretende não apenas corrigir desigualdades históricas, mas também fortalecer e diversificar as bases para um desenvolvimento mais inclusivo. Reconhecer e potencializar as contribuições dessas comunidades é essencial para construir um ambiente turístico mais igualitário, promissor e representativo para todos os envolvidos.
Promoção e consolidação do Afroturismo no Brasil
Em consonância com a pauta racial, o Ministério do Turismo vem trabalhando ações afirmativas, quando, ainda em 2023, realizou o “Encontro: consolidação e promoção do Afroturismo”. Conectando atividades turísticas às raízes culturais afrodescendentes, o evento resultou no mapeamento das iniciativas e ações já iniciadas pelos participantes em decorrência do Encontro e já traz as perspectivas de planejamento, articulação de parcerias e mobilização para a realização do fórum ampliado sobre o tema em 2024.
Em São Paulo, rotas turísticas afro resgatam memórias.
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