“Os impactos da exigência de visto no mercado M.I.C.E” foi uma das palestras do 19º Encontro do Setor de Feiras e Eventos (Esfe), evento que acontece nesta terça-feira (20), no Centro de Convenções de Rebouças, em São Paulo (SP). Ministrada por Ibrahim Georges Tahtouh, presidente da Câmara de Arbitragem da Academia Brasileira de Eventos e Turismo (CNA EvTur), a palestra do Esfe destrinchou os efeitos da medida, de exigir visto de cidadãos americanos, australianos e canadenses, no setor de Eventos por meio de uma variedade de exemplos.
“A exigência do visto é uma problemática enorme para trazer grandes palestrantes a eventos no Brasil. Para os países acostumados com livre acesso a maioria do mundo, pedir visto pega muito mal. É comum, inclusive ter que substituir palestrantes que não tem interesse em se submeter ao processo de pegar um visto, pontua Tahtouh – que também participou de uma matéria completa do Brasilturis sobre o tema.
O presidente da CNA EvTur aponta ainda aos participantes do Esfe que o visto é um problema ainda maior com premiações, citando experiências próprias para reforçar seu ponto de vista. “Já aconteceu de os vencedores não conseguirem comparecer por conta do visto. Então, se puderem optar por outro destino que não exija visto, perdemos uma parcela de eventos e público, desde a viagem de inspeção das campanhas de incentivo. Isso se agrava ainda mais com acompanhantes, como já aconteceu da mãe de uma vencedora ter o visto negado – fato que circulou em diversos grupos, afetando nossa atratividade”, revela Tahtouh.
Para eventos de negócios, o executivo informa que garantir a presença de um bom comprador já é muito complicado e exige a apresentação de diversos atrativos. “Ter que explicar que é necessário realizar visto para vir ao Brasil é um obstáculo enorme para esse segmento. Vale dizer que a maioria desses compradores são muito ocupados e acabam decidindo ir de última hora, então também perdemos essa porção de visitantes”, destaca Tahtouh.
Por fim, o executivo reitera que isso são apenas alguns dos obstáculos causados pela medida em relação ao setor de M.I.C.E, lembrando que também afeta o Turismo de Lazer, Casamento e Saúde. “Considerando a manutenção da exigência de visto, além de apresentar, promover e vender o destino, precisamos mostrar aos clientes americanos, australianos e canadenses que há formas fáceis de conseguir o visto, incluindo os formulários de e-Visa e despachantes que facilitam o processo”, finaliza.
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