O Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), concedeu à Companhia Docas do Pará autorização para realizar dragagem no Porto de Belém. O projeto, que inclui os Terminais Petroquímico de Miramar e Portuário de Outeiro, tem licença válida até 28 de junho de 2026.

Durante a dragagem, aproximadamente 6,5 milhões de metros cúbicos de sedimentos serão removidos, conforme informado pela administração estadual. A obra faz parte dos preparativos da capital paraense para a 30ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), prevista para novembro de 2025.

“A dragagem do porto da Companhia Docas do Pará integra parte fundamental das obras de infraestrutura de Belém para a COP 30 e será um dos importantes legados da COP para a capital do Estado”, afirmou Mauro O’de Almeida, secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará.

A dragagem também permitirá que Belém receba navios de cruzeiro de grande porte, facilitando a acomodação de uma grande parte do público esperado para a COP 30. O governo federal planeja utilizar esses navios como hotéis flutuantes, complementando a capacidade hoteleira da cidade.

Segundo a Semas, a autorização para a dragagem inclui várias condicionantes, como a apresentação de um estudo de caracterização geoquímica do material a ser dragado e medidas preventivas para evitar erosão.

Simulações e testes

No mês passado, uma simulação da dragagem de um trecho da Baía do Guajará foi realizada em São Paulo, no Laboratório de Tanque de Provas Numéricas da Universidade de São Paulo (USP). Os testes foram acompanhados por representantes de várias entidades, incluindo a Secretaria Extraordinária para a COP 30, a Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários, a Universidade Federal do Pará (UFPA), a Universidade Federal Fluminense (UFF), a Controladoria-Geral da União (CGU), a Companhia Docas do Pará (CDP), a Marinha do Brasil, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a Praticagem da Barra.

Um segundo teste de simulação ocorreu no laboratório da USP no último domingo (07), dando continuidade ao fluxo de trabalho para garantir a eficiência e segurança das operações de dragagem.