Criminosos estão criando perfis falsos nas redes sociais em nome das vítimas do acidente aéreo da Voepass, ocorriodo na última sexta-feira (9), para aplicar golpes e solicitar dinheiro pela internet. Essas contas fraudulentas começaram a aparecer logo após a Voepass divulgar a lista com os nomes das 62 pessoas que morreram na queda do avião em Vinhedo, no interior de São Paulo.

Alguns dos nomes das vítimas se tornaram altamente pesquisados nas redes sociais e no Google, o que facilitou o alcance dos perfis falsos. Em certos casos, os golpistas fingem ser familiares das vítimas, pedindo doações para cobrir despesas funerárias ou até mesmo promovendo links comissionados de sites de apostas.

Autoridades alertam para que os internautas verifiquem cuidadosamente a autenticidade das campanhas e perfis antes de realizar qualquer doação ou interação. É essencial que as pessoas ajam com cautela e denunciem imediatamente às plataformas de redes sociais qualquer atividade suspeita ou tentativa de golpe.

Somente na segunda-feira (12), o Ministério Público de São Paulo (MPSP) derrubou 31 perfis falsos nas redes sociais. De acordo com o órgão, os criminosos usavam fotos das vítimas da queda do avião da Voepass e se passavam por parentes para pedir dinheiro e aplicar golpes. A ação conta com a participação do CyberGaeco, divisão do MP responsável pela apuração de crimes virtuais, e a investigação ocorre em parceria com o Cyber Lab (Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça).

Investigação

De acordo com a Agência Brasil, o MPSP indicou três promotores de justiça de Vinhedo (SP) para acompanhar o inquérito policial instaurado pela Polícia Civil para investigar o acidente do voo 2283.

“Será a oportunidade de, nesse inquérito, fazer com que, na apuração de fatos, nós tenhamos a indicação de todas as pessoas, de todas as empresas que de alguma maneira estejam nesse nexo de causalidade [do acidente]”, disse o procurador-Geral de Justiça.