Afroturismo foi pauta da Secretaria de Turismo do Estado da Bahia (Setur-BA), que recebeu, na última sexta-feira (16), uma delegação do Centro de Estudos Africanos da Universidade de Indiana, dos Estados Unidos, para promover um intercâmbio cultural sobre tradições africanas relacionadas à arte, religiosidade e dinâmicas socioculturais, que também impactam as atividades turísticas na Bahia.
Durante a visita, os pesquisadores conheceram iniciativas da Setur-BA voltadas para o afroturismo, incluindo o projeto Agô Bahia, que visa estruturar terreiros de candomblé para a visitação de turistas. Além disso, foram apresentadas as ações de apoio a eventos gastronômicos e artísticos com referências africanas, bem como o esforço para captar um voo direto entre Benin e Salvador.
Os visitantes também estenderam um convite à Setur-BA para o Festival Pan Africano de 2025, na Universidade de Indiana, e expressaram o desejo de retornar à Bahia para uma colaboração mais próxima com a comunidade local.
Leslie Etienne, diretor do Centro de Estudos Africanos, ressaltou a importância do intercâmbio: “Estudamos a diáspora africana e é fundamental incorporar a Bahia como um centro de aprofundamento nessa pesquisa. Este intercâmbio cultural visa estreitar nossos laços e trazer mais interesse dos norte-americanos para a Bahia. A Festa da Irmandade da Boa Morte, em Cachoeira, foi uma experiência marcante”, afirmou Etienne.
Maurício Bacelar, titular da Setur-BA, destacou a importância da visita: “Foi gratificante receber esses pesquisadores que se dedicam ao estudo da história africana. Conversamos sobre a elaboração de uma agenda conjunta para mostrar a riqueza do nosso patrimônio com influência africana, o que ajudará a promover o afroturismo baiano no mercado internacional.” O encontro contou com a participação do cônsul do Benin na Bahia, Marcelo Sacramento, e do cantor soteropolitano Magary Lord.
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