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EFE Fórum debate aviação na era do turismo sustentável

Na manhã desta sexta-feira (4), os desafios da conectividade aérea na era do turismo sustentável foi tema para o Efe Fórum, promovido pela Agência Efe e Iberia. O evento, realizado na Câmara Espanhola de Comércio em São Paulo, reuniu Marcelo Freixo, presidente da Embratur; Marina Colunga, diretora de Vendas da Iberia para a América Latina e João Pita, CCO do Aeroporto Internacional de Guarulhos (GRU Airport).

A abertura do evento ficou por conta de Freixo, que destacou a relevância do Turismo para o Brasil nos dias atuais. De acordo com ele, o Turismo é responsável por 8% do PIB brasileiro. “Um valor muito significativo, se a gente entender um contexto onde a economia do petróleo é responsável por 12%”, pontuou.

Para Freixo, o turismo pode ser a porta de um grande modelo de desenvolvimento do século XXI. Ele citou a parceria público-privada como princípio de atuação e destacou alguns dados. “Estamos recuperando os números pré-pandemia em número de voos e e assentos. Em 2023 tivemos a maior receita de todos os tempos no turismo internacional com US$ 6.9 bilhões, superando o ano de 2024 quando sediamos a Copa do Mundo”, relatou.

Na ocasião, o presidente da Embratur também citou a meta da instituição em atingir Lixo Zero até o fim do ano, na qual 90% de lixo sólido é reaproveitado na Embratur, partindo de um trabalho interno de ESG. “Não adianta a gente falar de sustentabilidade se a gente não faz o dever de casa”, pontua.

“O meio ambiente não é inimigo de nenhuma atividade econômica, ele é nosso abrigo e a gente precisa operar tendo ele como principal aliado”, diz Marcelo Freixo, presidente da Embratur.

Para o futuro, Marcelo Freixo destacou ainda a perspectiva de alcançar 7 milhões de turistas internacionais ainda neste ano. “Se nós tivermos voos, teremos turistas. O Brasil tem 6 biomas, sol e praia, 20% da biodiversidade do planeta e uma diversidade de destinos. A potência do turismo no Brasil é gigante.”

Como diretora da Iberia, Marina Colunga trouxe o olhar da empresa sobre o projeto de descarbonização que está sendo executado. A estratégia da Iberia na América Latina, segundo ela, não pode ser analisada separadamente da economia e evolução dos países. “Terminamos, agora há pouco, um estudo de sustentabilidade onde analisamos diferentes rumos. A malha aérea que conecta Brasil com Madri, em São Paulo e Rio de Janeiro, de algum modo tem uma repercussão nas economias locais. Temos muito prazer em dizer que foram gerados 9 mil pontos de emprego de forma direta ou indireta, resultando na injeção de 138 milhões de euros no PIB do Brasil e Espanha”, detalhou Colunga.

Ainda no âmbito da economia, foram transportadas 3,5 mil toneladas de carga entre importação e exportação que, para Marina, faz parte da estratégia de desenvolvimento e sustentabilidade da empresa. A gestora estima encerrar 2024 com o número recorde de 476 mil lugares disponíveis pela Iberia, representando 51 % a mais que o ano passado e superando os números do ano pré-pandemia em 12%.

Para conseguir tal feito, Marina elencou a renovação da frota, com menos consumo de gasolina e processos de custo e de venda que permitem a empresa alcançar valores mais acessíveis aos clientes e a prática de um turismo mais sustentável. “Nosso objetivo é ter emissões neutras até 2050. Fico contente em compartilhar com vocês que a rota de São Paulo terá a aeronave Airbus A350, que nos ajudará a transportar mais passageiros com menos emissões de carbono. A sustentabilidade não é alheia a operação, é parte dos nossos pilares fundamentais. Somos conscientes do impacto que a nossa operação tem e estamos dando passos curtos, mas concretos, em direção aos nossos objetivos”, disse.

Visando um turismo cada vez mais sustentável ao mesmo tempo em que colabora com o desenvolvimento urbano, João Pita, CCO do Gru Airport, destacou a importância de concentrar a malha aérea em um hub. “Hoje o aeroporto é mais do que uma plataforma que recebe passageiros. Ele é um ecossistema onde estão agrupados hotéis, plataformas de logísticas e onde, praticamente, uma cidade se desenvolve. Com isso, cada terminal tem sua estratégia e Guarulhos tem a sua, que é ser o maior hub do País, e um dos maiores da América Latina”, contou. “Queremos conectar cada vez mais cidades e países ao Brasil”.

“Quando temos um centro distribuidor forte como é São Paulo, conseguimos fazer com que as companhias aéreas, de forma sustentável, a longo prazo, segura, possam aumentar suas operações. E isso é essencial para a aviação sustentável, como estamos pontuando aqui”, frisa João Pita.

Questionado se há alguma previsão de integração entre outros modais com o aeroporto, Pita argumentou que essa é uma questão que precisa ser trabalhada no país. “Acredito que esta dificuldade seja percebida e necessária não só em Guarulhos, mas na maioria dos aeroportos do Brasil, assim como na Argentina e Colômbia”, explicou.

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