A Embraer receberá uma indenização de 150 milhões de dólares, equivalente à cerca de R$ 827 milhões, da Boeing após a desistência da empresa americana em concluir o processo de fusão entre as duas companhias. A decisão foi tomada por uma corte arbitral nos Estados Unidos, contratada pelas empresas para evitar um processo na Justiça formal. O acordo foi anunciado nesta segunda-feira (16), pela Embraer, por meio de comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A arbitragem encerra uma disputa iniciada em 2020, quando a Boeing desistiu da fusão que havia sido negociada desde 2018. O acordo inicial estava avaliado em 5,26 bilhões de dólares e previa que a Boeing adquirisse 80% da divisão de aviação comercial da Embraer. No entanto, com a desistência do negócio, a fabricante brasileira alegou ter investido mais de 485 milhões de reais no processo antes do cancelamento.
“Estamos satisfeitos com a conclusão do processo de arbitragem com a Embraer. Temos orgulho de mais de 90 anos de parceria com o Brasil, e esperamos continuar a contribuir com a indústria aérea brasileira”, disse a Boeing em comunicado oficial.
Antonio Carlos Garcia, vice-presidente Financeiro da Embraer, também confirmou o encerramento da disputa, sem maiores comentários sobre o valor acordado. O cancelamento da fusão foi um duro golpe para a Embraer, que buscava, por meio da parceria com a Boeing, fortalecer sua posição no mercado global de aviação.
O acordo de indenização agora traz um fim definitivo ao imbróglio entre as duas empresas, que continuam mantendo relações no setor aeronáutico, embora em outros âmbitos de colaboração.
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