A taxa de bagagens extraviadas em viagens aéreas teve um aumento significativo em 2023, chegando a 75% em relação ao ano anterior, de acordo com dados da Sociedade Internacional de Telecomunicações Aeronáuticas (Sita). Em média, oito passageiros a cada mil enfrentaram o problema, e as consequências financeiras e emocionais podem ser aliviadas por meio de seguros específicos.
Hugo Reichenbach, diretor de operações da Real Seguro Viagem, alerta que o seguro cobre não só a perda, mas também a violação, destruição total, roubo ou furto simples. “O levantamento da Sita mostra que só em 2023 a taxa de bagagens extraviadas cresceu quase 75% em relação a 2022,” afirma.
Além da busca e recuperação da bagagem, o seguro prevê reembolsos por itens danificados e despesas emergenciais com roupas e objetos de primeira necessidade. “O valor da indenização é calculado pelo peso da bagagem registrado no despacho, e não pelo conteúdo”, acrescenta Reichenbach, recomendando que objetos de maior valor sejam transportados na bagagem de mão.
Orientações ao passageiro
Ao constatar o extravio, o passageiro deve contatar a companhia aérea no desembarque para preencher o Relatório de Irregularidade de Bagagem (RIB), conhecido internacionalmente como Property Irregularity Report (PIR). Esse documento é essencial para obter a indenização. Além disso, o especialista destaca que é possível solicitar reparação por danos materiais e morais até cinco anos após o ocorrido.
“Em casos de sofrimento emocional significativo, como ansiedade ou frustração, o viajante pode buscar reparação por danos morais, desde que comprove a negligência da companhia aérea”, conclui Reichenbach.
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