A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) anuncia nesta segunda-feira (4) o retorno da Azul Linhas Aéreas ao seu quadro de associadas.

Hoje, a aviação comercial vive um momento de retomada, com a expansão da oferta e da demanda tanto no mercado doméstico quanto no internacional. Em 2023, o modal aéreo transportou cerca de 112 milhões de passageiros, um aumento de 15% em relação a 2022, o que evidencia a recuperação após a pandemia.

Ao longo dos últimos anos, a indústria da aviação viveu a maior crise da sua história, e o anúncio consolida o trabalho desenvolvido pelo setor no sentido de fortalecer e unir as empresas com a perspectiva de implementação de uma agenda de longo prazo. O setor aéreo vive um momento desafiador, com a alta do câmbio, dos juros e do preço do QAV pressionando fortemente os custos da aviação. Hoje, a Abear se torna mais forte para, junto com as suas associadas, trabalhar para mudar esse cenário.

“O retorno da Azul ao quadro de empresas associadas é uma oportunidade para a construção de uma agenda de longo prazo que contemple medidas estruturantes para melhorar o ambiente de negócios do setor, aumentar a competitividade e democratizar o transporte aéreo no país”, afirmou Jurema Monteiro, presidente da Abear.

“O setor aéreo brasileiro tem diversos desafios únicos que debatemos como setor, sobretudo, a excessiva judicialização, a desvalorização cambial e o alto preço do QAV. Acreditamos que, juntos, avançaremos mais rapidamente com as principais pautas que contribuirão para que a aviação comercial brasileira siga em crescimento”, destacou John Rodgerson, CEO da Azul.

“Voltar a ter as três maiores companhias aéreas que operam no Brasil participando da Abear nos fortalece como indústria e colabora para que os temas do transporte aéreo sejam tratados num fórum ainda mais completo. A importância e a contribuição das companhias aéreas são essenciais para o desenvolvimento do nosso país e juntos podemos endereçar a agenda do setor de forma ainda mais efetiva e eficiente”, ressaltou Celso Ferrer, CEO da Gol.

“As empresas representadas pela Abear têm o mesmo objetivo: desenvolver um setor forte e saudável. Uma atuação mais coesa do setor pode acelerar este desenvolvimento”, disse Jerome Cadier, CEO da Latam.

Com a oportunidade de ampliação do mercado, o crescimento do setor aéreo brasileiro depende da superação de gargalos e desafios históricos, como expansão da infraestrutura, redução de custos, segurança jurídica e alinhamento às melhores práticas internacionais.

Indutor do desenvolvimento e com impacto em diversos segmentos da economia, o setor aéreo contribui para a geração de emprego e renda, bem-estar e riquezas para o país, além de desempenhar importante papel social, com ações voltadas à promoção da inclusão e da diversidade, e de caráter humanitário, como na saúde e na sustentabilidade.