A Azul S.A. divulgou, nesta quinta-feira (14), os resultados financeiros e operacionais do terceiro trimestre de 2024 (3T24), que mostraram recordes históricos e consolidaram a recuperação e o crescimento da companhia aérea. Entre os principais destaques estão o EBITDA recorde de R$ 1,7 bilhão, com margem de 32%, e o EBIT de R$ 1 bilhão, representando uma margem de 20%. A receita total também alcançou um recorde de R$ 5,1 bilhões, um aumento de 4,3% em comparação ao mesmo período de 2023.

John Rodgerson, CEO da Azul, ressaltou a importância do empenho dos colaboradores para o alcance desses resultados. “Graças à dedicação dos nossos tripulantes, entregamos ótimos resultados no 3T24. Nossa demanda de passageiros cresceu 4,3% em relação ao ano anterior, superando a capacidade e levando a uma taxa de ocupação de 82,6%”, afirmou.

As unidades de negócios da Azul, como o programa de fidelidade Azul Fidelidade, a Azul Viagens e a Azul Cargo, foram mencionadas como fatores significativos para o crescimento da receita. O Azul Fidelidade encerrou o trimestre com quase 18 milhões de membros, com vendas diretas e crescimento de 80% em relação ao ano anterior, impulsionado pelo Clube Azul e o cartão de crédito em parceria com o Itaú. A Azul Viagens, por sua vez, registrou aumento de 42% nas vendas em relação ao 3T23, e a Azul Cargo teve crescimento constante no segmento internacional, com receita 23% superior ao ano passado.

A Azul também destacou a estabilidade do índice CASK, que ficou em R$ 34,28 centavos, um reflexo da gestão de custos eficiente, mesmo com o aumento do combustível e a desvalorização do real. O CEO da companhia enfatizou as iniciativas para otimizar os custos, como a ampliação do uso de aeronaves de última geração e a redução no número de funcionários equivalentes, o que resultou em uma melhoria de 11,3% no FTE por ASK.

Reestruturação financeira e otimização do balanço

A companhia aérea encerrou o terceiro trimestre de 2024 (3T24) com prejuízo líquido ajustado de R$ 203 milhões, uma redução de 76,2% em relação à perda de um ano antes, conforme o balanço. Rodgerson também compartilhou avanços na reestruturação financeira, incluindo a conversão de R$ 3,1 bilhões em obrigações em ações preferenciais, e um acordo de financiamento superprioritário de até US$ 500 milhões.

“Esse acordo é um voto significativo de confiança dos nossos parceiros em nosso negócio e em nosso futuro”, afirmou o CEO. Essas iniciativas visam reduzir significativamente a dívida da companhia, que foi elevada durante a pandemia, e potencialmente eliminar mais de R$ 5 bilhões em dívidas, reduzindo a alavancagem pró-forma de 4,8x para 3,4x.

Com os resultados recordes e a reestruturação financeira em andamento, a Azul reforça seu compromisso com o sucesso a longo prazo e a eficiência operacional. “Estamos realmente preparando a Azul para o sucesso de longo prazo, com um modelo de negócios exclusivo, lucratividade e geração de caixa crescentes e um balanço patrimonial otimizado”, concluiu Rodgerson, ressaltando o otimismo da companhia para a alta temporada de verão.