O turismo regenerativo tem ganhado espaço no setor hoteleiro de luxo, redefinindo a forma como viajantes e comunidades interagem. Ao contrário do turismo sustentável, que busca apenas minimizar os impactos negativos, o regenerativo tem como objetivo reparar danos e criar benefícios duradouros para o meio ambiente e a população local.
Essa abordagem inclui ações que vão desde a recuperação ambiental até o fortalecimento socioeconômico de comunidades, unindo saúde, educação e geração de empregos. Em conformidade com a “Declaração de Belém”, apresentada no Grupo de Trabalho do Turismo do G20, o turismo deve ser “sustentável, resiliente e inclusivo”.
Três exemplos globais ilustram essa tendência:
Blancaneaux Lodge – Belize
Parte da coleção The Family Coppola Hideaways, o Blancaneaux Lodge, em Belize, reflete os princípios regenerativos com práticas como uso de energia renovável, alimentação orgânica e integração cultural. Com 85% da energia gerada por um riacho local, o hotel também apoia artistas belizenhos e financia bolsas de estudo e clínicas de saúde para a comunidade.
Nayara Hangaroa – Ilha de Páscoa
No meio do Pacífico, o Nayara Hangaroa combina sustentabilidade ambiental com fortalecimento da cultura rapa nui. O hotel utiliza “telhados verdes” para otimizar energia e emprega quase exclusivamente moradores locais. Além disso, oferece programas educacionais e apoia o desenvolvimento econômico da comunidade insular.
Filha da Lua Eco Lodge – Pipa, RN
No Brasil, o Filha da Lua Eco Lodge é um exemplo de integração entre preservação ambiental e impacto social. Com projetos como a KiteMaster Academy e escolas comunitárias, o grupo promove educação e sustentabilidade. Além disso, a Fazenda Pachamama garante autossuficiência alimentar com práticas de permacultura.
Esses hotéis mostram que luxo e regeneração podem ser aliados, impulsionando o turismo como ferramenta de transformação global.
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