Durante sua palestra na Expo Abla 2024, Pedro Lins, CEO da FIX-CS ESG e sócio da GNH for Business, compartilhou estratégias acessíveis para empresas de locação de veículos implementarem práticas de ESG (ambiental, social e governança). De acordo com Lins, o conceito de ESG, que muitas vezes é associado a grandes corporações, pode ser integrado em locadoras de diferentes portes, inclusive nas microempresas.
Em sua apresentação, Lins explicou que o ESG não é uma novidade do pós-pandemia, como muitos acreditam, mas sim uma metodologia com 20 anos de história, criada inicialmente pelo Banco Mundial e pela ONU. O objetivo é engajar as instituições financeiras em práticas que integrem questões ambientais, sociais e de governança ao mercado, transformando essas ações em ativos tangíveis.
“Como transformar essas iniciativas em um ativo tangível e vendê-las como valor para os meus clientes? Esse é o grande propósito”, afirmou Lins, ao destacar a importância de comunicar corretamente as ações sustentáveis. Para ele, muitas locadoras já realizam práticas ESG sem perceber, como a gestão de riscos e a transparência fiscal, mas o diferencial está na forma como essas ações são divulgadas. “ESG é uma jornada, com começo, mas sem fim”, explicou Lins, ressaltando que mesmo as microempresas podem dar passos importantes.
O palestrante também chamou a atenção para a crescente importância da geração Millennial e da geração Z no futuro do setor. Segundo um estudo da Cone, 75% da força de trabalho em 2030 será composta por esses jovens, que têm valores ambientais e sociais muito mais evidentes. Lins compartilhou dados que revelam como essa geração influencia as decisões de consumo: 83% confiam em empresas socialmente responsáveis, 70% recomendam empresas ESG, e 76% boicotam empresas que não adotam essas práticas. “Estamos falando de um mercado que não quer mais trabalhar para, investir em ou comprar de empresas que não são ESG”, alertou.
No contexto das locadoras de veículos, Lins sugere que o primeiro passo é a conscientização. “Pode ser difícil ver de imediato como uma locadora pode adotar práticas ESG, mas pequenos gestos, como a destinação correta de resíduos e a preocupação com a saúde e segurança no trabalho, já são um grande avanço”, afirmou. Para ele, a chave está na comunicação. As locadoras precisam destacar suas ações ESG para se diferenciar em um mercado cada vez mais competitivo e consciente.
Ao concluir, Lins provocou os participantes: “Como sua empresa está se preparando para ser ESG? A perenidade do seu negócio depende disso.” Ele reforçou a ideia de que, para garantir a longevidade da locadora, é fundamental que as práticas ESG sejam adotadas, não apenas como uma tendência, mas como uma estratégia para o futuro.
Com a evolução do mercado e a demanda crescente por empresas responsáveis, o ESG deixou de ser uma opção e se tornou uma exigência. O desafio agora é garantir que essas práticas sejam implementadas de forma estratégica e comunicadas de maneira eficaz para que se tornem verdadeiros diferenciais competitivos.
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