Inteligência artificial, digitalização e o crescimento do setor de eventos corporativos (MICE) devem ser as principais tendências das viagens corporativas em 2025. É o que aponta um levantamento realizado pela Paytrack, que ainda revela que 67% dos viajantes preferem hotéis que utilizam IA para personalizar serviços, enquanto 36% optam por experiências totalmente digitais e sem contato. Vale dizer que o setor atingiu faturamento recorde em 2024.

Além disso, ferramentas de IA e modelos preditivos ganham espaço como aliados estratégicos na previsão de gastos e controle de orçamentos em tempo real. Segundo o report, o uso de dados históricos e tecnologias avançadas permitirá que empresas reduzam surpresas financeiras, ajustem seus orçamentos rapidamente e melhorem o planejamento de viagens.

Para Cibeli Oliveira, diretora de Operações de Viagens da Paytrack, essa evolução é uma resposta direta às demandas das empresas por maior eficiência e previsibilidade. “A tecnologia está mudando a forma como as empresas lidam com o setor de viagens corporativas. Em 2025, as companhias poderão ajustar seus orçamentos com base em dados preditivos, minimizando desperdícios e maximizando resultados financeiros”, afirma.

O estudo também destaca a aceleração da digitalização nas hospedagens. Soluções como check-ins automáticos, pagamentos por carteiras digitais e o uso de reconhecimento facial para acesso a quartos já são amplamente adotadas e devem ganhar ainda mais força. “Essas tecnologias não apenas simplificam os processos, mas também oferecem mais segurança e praticidade aos viajantes corporativos”, reforça Cibeli.

Dados otimizam o controle financeiro

Uma análise realizada pela empresa ao longo dos últimos dois anos, revelou padrões de consumo e sazonalidade que estão moldando o setor. Em 2025, o uso dessa tecnologia deve se consolidar como uma das ferramentas mais importantes para empresas que buscam maior controle financeiro e eficiência operacional.

Combinando análise preditiva e dados em tempo real, essas tecnologias permitem que gestores identifiquem períodos de alta demanda, ajustem orçamentos antes que os custos aumentem e planejem deslocamentos com precisão. A capacidade de adaptação dinâmica irá redefinir a forma como empresas gerenciam suas despesas, tornando o Big Data um recurso indispensável em um cenário corporativo cada vez mais exigente.

Expansão do mercado MICE e o impacto no Brasil

O levantamento também aponta o crescimento do setor MICE (Meetings, Incentives, Conferences, Exhibitions), que deve atingir US$ 21 bilhões no Brasil até 2030, com uma taxa anual de crescimento de 8,2%. A demanda por eventos corporativos e investimentos em infraestrutura posicionam o país como um importante polo de negócios na América Latina.

“Esses dados confirmam que as viagens corporativas estão se tornando mais estratégicas, impulsionadas por tecnologia e pela busca por eficiência. Estamos vendo o mercado evoluir de forma acelerada para atender às novas expectativas das empresas e dos viajantes”, finaliza Cibeli.