A Associação do Transporte Aéreo Internacional (IATA) divulgou que a demanda por carga aérea, medida em toneladas por quilômetro (CTKs), cresceu 8,2% em novembro de 2024 em comparação ao mesmo período de 2023, marcando o 16º mês consecutivo de alta. Nas operações internacionais, o aumento foi ainda mais expressivo, de 9,5%.

Segundo Willie Walsh, diretor-geral da IATA, o cenário positivo foi impulsionado por uma combinação de fatores econômicos e de mercado. “Novembro foi um bom mês para a carga aérea, com aumento de 8,2% na demanda, quase o dobro do aumento de 4,6% na capacidade de carga. O custo do combustível ficou 22% abaixo dos níveis do ano anterior e as condições de mercado apertadas colaboraram para o crescimento de yield de 7,8%. Considerando tudo isso, procuramos fechar o desempenho da carga aérea de 2024 de forma lucrativa. Esse forte desempenho deve se estender para 2025, mas existem alguns riscos que devem ser observados com atenção, que incluem inflação, incertezas geopolíticas e tensões comerciais”, disse Walsh.

A produção industrial global avançou 2,1% em outubro de 2024, enquanto o comércio de mercadorias registrou alta de 1,6%, consolidando sete meses consecutivos de crescimento. Apesar disso, o índice PMI de novos pedidos de exportação permaneceu abaixo de 50, indicando persistentes incertezas no comércio internacional.

Desempenho regional

O maior crescimento foi registrado na região Ásia-Pacífico, com avanço de 13,2% na demanda e 9,4% na capacidade. Na América Latina, a alta foi de 11,6% na demanda, enquanto a capacidade subiu 6,4%. Já na América do Norte, o crescimento foi de 6,9% na demanda e 2,2% na capacidade.

As transportadoras europeias tiveram aumento de 5,6% na demanda, enquanto as do Oriente Médio reportaram alta de 3,6%. Na África, houve queda de 0,7% na demanda, mesmo com uma leve expansão de 0,4% na capacidade.

O desempenho reflete o fortalecimento do comércio eletrônico e as limitações no transporte marítimo, beneficiando especialmente as rotas internacionais, que cresceram 9,5% em novembro de 2024.