O Grupo Abra, holding formada pelas companhias aéreas Gol e Avianca, anunciou que as empresas Azul e Gol compartilham um Memorando de Entendimento (MoU) não vinculante para a fusão de suas operações no Brasil. Sob a gestão da Abra, a fusão é estratégica para unir redes complementares, que já abrange cerca de 90% de rotas não sobrepostas, e oferecer uma experiência mais ampla e eficiente aos consumidores.

O MoU, que estabelece acordos de governança e estrutura de capital, oficializa a intenção da Azul e da Abra de seguir com os próximos passos na integração de seus negócios, iniciando o processo de aprovações regulatórias.

A proposta busca gerar sinergias entre as malhas aéreas e o aproveitamento das frotas da Azul e da Gol, trazendo vantagens para os consumidores, como mais opções de voos e produtos, além de contribuir para o crescimento da aviação no Brasil, com a expansão

“A Azul foi criada com o objetivo de expandir o mercado aéreo brasileiro, buscando aumentar o acesso dos brasileiros às viagens aéreas, independentemente de onde estejam no país, por meio da ampliação da conectividade. Essa combinação de forças proporcionaria a oportunidade de fortalecer o setor, aumentando o número de voos oferecidos, alcançando mais de 200 cidades atendidas no Brasil e a capacidade de competir em um setor altamente globalizado”, afirma o CEO da Azul, John Rodgerson.

“O aumento da conectividade e a criação de empregos são alguns dos muitos resultados positivos esperados deste acordo, além de oferecer um serviço de alta qualidade e a busca pela melhor relação custo-benefício para o consumidor”, acrescenta.  O Brasil, com sua vasta população de mais de 220 milhões de habitantes e 110 milhões de viagens aéreas anuais, continua a apresentar uma ampla margem de crescimento, especialmente em relação a outros países da América Latina. A união entre Azul e Gol visa acelerar esse desenvolvimento, conectando novas regiões e ampliando a oferta de voos para os brasileiros.

O MoU também estabelece diretrizes de governança e estrutura de capital para a fusão, que ainda precisa ser aprovado pelos órgãos reguladores competentes. Além disso, a operação está sujeita à conclusão da due diligence e aos acordos definitivos, assim como à reorganização da Gol sob o Capítulo 11. A proposta de fusão busca criar uma entidade combinada com uma alavancagem financeira alinhada aos níveis da Gol, garantindo sustentabilidade econômica para a operação.