“Só quem sabe onde é Luanda saberá lhe dar valor”, já cantava a música “Palco”, de Gabito Noro, capturando a essência de Angola, um destino fascinante e complexo. Esta frase nos leva a refletir sobre a riqueza cultural, histórica e natural que o país oferece, muitas vezes desconhecida para aqueles que apenas veem a superfície ou têm uma visão limitada sobre o lugar. 

Como bem coloca Chimamanda Ngozi Adichie, autora renomada nigeriana, “o perigo da história única é que ela cria estereótipos, e o problema com estereótipos não é que eles sejam falsos, mas que eles são incompletos.” Ao olhar para Angola, é preciso entender sua diversidade, a multiplicidade de suas experiências e os avanços que a nação tem buscado, mesmo diante dos desafios históricos.

Recentemente, tivemos a oportunidade de viver uma imersão no país, em um famtour organizado pela Taag e pela Secret Angola, empresas privadas que têm se dedicado a promover a imagem do país e a conectar Angola com o mercado internacional. O destino, com sua incrível mistura de paisagens, história e um povo acolhedor, é um convite para os turistas que buscam uma experiência única.

Luanda, com sua energia vibrante e seus contrastes, revela um pouco da Angola que poucos conhecem. Porém, como todo destino em desenvolvimento, há desafios visíveis. A infraestrutura do país ainda carece de cuidados significativos, um reflexo claro dos anos de guerra civil que afetaram profundamente a sua construção e modernização. O processo de recuperação e reestruturação, embora visível, é uma caminhada ainda longa, com muitos obstáculos a serem superados.

O que nos leva a um questionamento importante: qual tem sido o apoio público do governo para o turismo em Angola? Embora as empresas privadas estejam se destacando e se esforçando para promover o país, a presença do governo é fundamental para impulsionar o turismo de forma mais estratégica. O apoio institucional e os investimentos em infraestrutura são essenciais para transformar Angola em um destino turístico competitivo a nível internacional. 

Ações como a melhoria da conectividade aérea, o fortalecimento de políticas públicas voltadas ao turismo e o incentivo a projetos que promovam a capacitação local são passos necessários para consolidar o país como um polo turístico global. Apesar das dificuldades, o país apresenta um potencial inexplorado que, com o suporte adequado, pode florescer e se tornar um destino altamente desejado.

Parabéns pelos 50 anos de independência!

Boa leitura e ótimos negócios!