Santorini, um dos destinos turísticos mais icônicos da Grécia, enfrenta uma intensa atividade sísmica, levando as autoridades a iniciar um processo de evacuação. Nos últimos dias, mais de 200 tremores foram registrados na ilha, com os mais fortes atingindo 4,9 de magnitude no último domingo e um de 4,8 na manhã desta terça-feira (04). Diante do cenário, escolas foram fechadas, e moradores e turistas estão sendo aconselhados a evitar aglomerações.

De acordo com a emissora pública grega ERT, mais de seis mil pessoas já deixaram Santorini, e as filas nos portos aumentam à medida que balsas partem em direção a Atenas.

O primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis pediu calma à população enquanto equipes monitoram o fenômeno. Além disso, as autoridades organizaram voos extras para facilitar a saída dos moradores. Apenas nesta terça-feira, 15 voos de Santorini para Atenas foram programados.

Histórico sísmico de Santorini

Localizada na convergência das placas tectônicas africana e eurasiana, Santorini tem um histórico de abalos sísmicos. A ilha é famosa por sua caldeira – uma cratera em formato de tigela causada por uma erupção vulcânica – que foi formada por uma das maiores explosões conhecidas há cerca de 3.600 anos.

O terremoto mais destrutivo da ilha ocorreu em 1956, com magnitude 7,5, deixando pelo menos 53 mortos e mais de 100 feridos. Embora tremores sejam comuns na região, uma atividade sísmica contínua e intensa, como a atual, é considerada um evento raro.

As autoridades seguem monitorando a situação e recomendam que moradores e visitantes permaneçam atentos às atualizações oficiais.