A análise da fusão entre Gol e Azul deve ser concluída apenas em 2026, segundo Silvio Costa Filho, ministro dos Portos e Aeroportos. O processo está em andamento no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que avaliará a viabilidade da união das companhias.
“Esse é o prazo que o Cade tem colocado. As companhias estão no processo de enviar a documentação. Já nos reunimos com os presidentes da Latam, da Azul e da Gol. Possivelmente, na próxima semana, devemos ter uma reunião com o diretor-presidente do Cade para acompanhar e monitorar”, afirmou o ministro durante entrevista ao programa Bom Dia Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Fusão e impacto no setor aéreo
A Azul e a Abra, maior credora e principal investidora da Gol, assinaram em janeiro um memorando de entendimento para explorar a viabilidade da fusão. O acordo prevê que ambas as marcas continuarão operando de forma independente, sem unificação dos certificados operacionais.
O governo federal reforçou que não aceitará aumentos nas tarifas aéreas e que a fusão deverá trazer redução de custos operacionais. Para Costa Filho, a união pode fortalecer a gestão das empresas e melhorar o poder de compra.
“A fusão vai melhorar a governança das companhias, ou seja, ter mais capacidade para comprar mais motores de avião, para poder adquirir insumos servidos a bordo, como refrigerantes e biscoitos. Isso significa um maior volume de compras e preços mais competitivos”, explicou.
A possível fusão entre Gol e Azul pode redesenhar o mercado aéreo brasileiro, mas Jerome Cadier, CEO da Latam, comentou durante coletiva de resultados do último trimestre de 2024 que “ainda é cedo para qualquer avaliação sobre a possível fusão“.
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