A dissolução do Parlamento de Portugal, que ocorre a partir desta terça-feira (19), impacta diretamente o processo de privatização da Tap Air Portugal. Inicialmente previsto para o primeiro trimestre deste ano, o lançamento do processo foi adiado para o segundo semestre, após as eleições legislativas marcadas para 18 de maio.
Com a queda do governo no Parlamento, os planos de divulgar o caderno de encargos até o final de março foram interrompidos. Durante o período de transição, o governo atual mantém apenas funções administrativas essenciais, sem poder tomar decisões estratégicas sobre a venda da companhia aérea.
Apesar da incerteza política, a Tap continua a apostar no Brasil como um de seus principais mercados. A companhia recentemente atingiu a marca de dois milhões de passageiros transportados entre Portugal e cidades brasileiras, consolidando sua operação na região. Durante o próximo verão europeu, a empresa prevê operar até 100 voos semanais ligando os dois países.
O primeiro-ministro Luís Montenegro, ainda no cargo, garantiu que a malha aérea da Tap será mantida no processo de privatização. “As conexões entre Brasil e Portugal seguirão sendo estratégicas para a companhia, independentemente do grupo que venha a assumir o controle da empresa”, afirmou.
A privatização da Tap deverá ganhar ritmo com a alta temporada do turismo na Europa. No entanto, novos desdobramentos dependerão do resultado das eleições e da posição do futuro governo em relação ao processo.