O Reino Unido e a Alemanha atualizaram suas orientações para cidadãos que planejam viajar aos Estados Unidos, destacando a necessidade de rigoroso cumprimento das regras de entrada. As recomendações foram feitas após relatos de detenções e deportações de viajantes europeus, em meio ao endurecimento das políticas de controle de fronteiras sob a administração Trump.
No site do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha, um comunicado reforça que “nem uma autorização esta válida nem um visto dos EUA garantem o direito de entrada no país. A decisão final cabe ao oficial de fronteira dos Estados Unidos”. O governo alemão ainda recomenda que turistas levem documentos que comprovem sua viagem de retorno, como passagens aéreas, e alerta que não há possibilidade de recorrer legalmente caso a entrada seja negada.
A atualização das orientações alemãs ocorreu após três cidadãos do país serem detidos e deportados ao tentarem ingressar nos EUA. Em um dos casos, uma turista que viajava com uma amiga americana tentou cruzar a fronteira pelo México e foi barrada. Segundo relatos publicados pela Euronews, a viajante alegou ter sido colocada em confinamento solitário por nove dias, acusação negada pelo centro de detenção.
Já o Escritório de Relações Exteriores, Commonwealth e Desenvolvimento do Reino Unido (FCDO) reforçou que os britânicos devem entrar nos EUA apenas com um ESTA ou visto correspondente ao propósito da viagem. “Registros criminais nos Estados Unidos, informações falsas sobre o motivo da estadia ou até mesmo pequenas infrações, como ultrapassar o prazo do visto, podem resultar em prisão, detenção e deportação”, alerta o órgão.
O governo britânico também orienta que os viajantes respeitem todas as condições de entrada, visto e permanência, ressaltando que as autoridades dos EUA aplicam as regras com rigor. “Caso tenha dúvidas sobre as exigências, entre em contato com a embaixada ou consulado dos EUA no Reino Unido”, aconselha o comunicado.
A preocupação se intensificou após um caso recente envolvendo uma turista britânica, que foi impedida de entrar no Canadá por supostamente violar os termos de seu visto. Detida em um centro de imigração em Tacoma, nos EUA, ela foi repatriada ao Reino Unido em 18 de março, segundo o Serviço de Imigração e Controle de Alfândega dos EUA, conforme noticiado pelo USA Today.
