A Tap Air Portugal fechou o ano de 2024 com um lucro líquido de 53,7 milhões de euros, consolidando a trajetória de recuperação iniciada nos últimos anos. O desempenho positivo foi impulsionado pelo crescimento nas receitas operacionais, que atingiram um novo recorde de 4,24 bilhões de euros, um aumento de 0,7% em relação a 2023 e 28,6% acima dos níveis pré-pandemia.
Apesar dos desafios operacionais e da concorrência mais acirrada, a TAP transportou 16,1 milhões de passageiros no período, um aumento de 1,6% em relação ao ano anterior, chegando a 94% do volume de 2019. O load factor também apresentou melhora de 1,5 pontos percentuais.
“Os resultados de 2024 confirmam a trajetória de recuperação da TAP iniciada nos últimos anos. Pelo terceiro ano consecutivo, a Tap apresentou um resultado líquido positivo, suportado pelo aumento das receitas e pela estabilização dos resultados operacionais. Adicionalmente, o contínuo aumento da pontualidade e regularidade confirmam uma operação mais robusta e resiliente, reconhecida pelos nossos clientes através do aumento significativo do NPS (Índice de Satisfação do Cliente) face a 2023”, destacou Luís Rodrigues, presidente executivo da Tap.
Eficiência operacional e desafios de mercado
O setor de manutenção da companhia teve um crescimento expressivo de 44,6%, principalmente na oficina de motores. A receita com passagens também se manteve em alta, impulsionada pelo aumento da capacidade e da ocupação dos voos. O Prask (Receita por Passageiro Quilômetro Pago) fechou o ano em 7,13 cêntimos de euro, uma leve queda de 2,3% em relação ao ano anterior, mas 28,4% superior aos números de 2019.
Os custos operacionais recorrentes cresceram 0,8% e totalizaram 3,86 bilhões de euros. O Ebitda recorrente atingiu 875,3 milhões de euros, com margem de 20,6%, um aumento de 3,7 milhões na comparação anual.
Mesmo diante da valorização cambial e de restrições operacionais, a companhia encerrou o ano com uma posição de liquidez robusta de 651,6 milhões de euros. Com a injeção de 343 milhões de euros realizada pelo acionista em janeiro de 2025, a TAP reduziu seu índice de alavancagem para 2,2 vezes a dívida financeira líquida sobre o EBITDA.
Perspectivas para 2025
Apesar do saldo positivo, Luís Rodrigues ressalta que o próximo ano trará novos desafios, como aumento da concorrência, limitações de frota e fatores externos, como controle de tráfego aéreo e eventos climáticos.
“2025 será igualmente um ano desafiante, mas também o último ano do plano de reestruturação, no qual continuaremos focados na transformação da TAP numa companhia sustentadamente rentável e numa das mais atrativas da indústria, contando com o apoio e compromisso das nossas pessoas e dos nossos stakeholders”, concluiu Rodrigues.