São Paulo (SP) – O Equador tem intensificado seus investimentos na promoção internacional e começa a colher os primeiros resultados. Apenas no primeiro trimestre de 2025, o país já registrou 4,6 mil turistas brasileiros, crescimento de 30% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em 2024, o número total de visitantes vindos do Brasil foi de 17 mil. Agora, o objetivo é reposicionar o mercado brasileiro como principal emissor da América do Sul até 2030, superando rivais geográficos como Colômbia, Peru e Argentina.
“O Brasil é atualmente nosso quarto maior mercado regional, mas queremos mudar isso. Buscamos um turista de longa permanência, com maior gasto médio e que valorize experiências autênticas. E o brasileiro se encaixa perfeitamente nesse perfil”, destaca Santiago Granda, subsecretário de Promoção do Ministério do Turismo do Equador.
Mesmo sem conexão aérea direta — suspensa desde a pandemia com o fim das operações da Tame e da rota da Gol —, o país busca alternativas de aproximação. Há negociações em curso com Copa Airlines e Latam, visando facilitar as rotas via Panamá, Lima ou Bogotá. “São hubs bem conectados, e de lá até Quito, por exemplo, o voo leva apenas uma hora e meia. É uma ponte viável para o viajante brasileiro”, reforça Granda.
A estratégia promocional do Equador para 2025 e 2026 inclui uma série de ações no Brasil e na América do Sul. Entre elas:
- Participação na WTM Latin America
- Presença no Elevate da ATTA
- Roadshows em São Paulo e Rio de Janeiro
- Campanha publicitária segmentada para o mercado brasileiro, prevista para o último trimestre deste ano
- Famtrips e press trips com foco em operadores, jornalistas e influenciadores
- Capacitações presenciais e online, fortalecendo a atuação dos operadores locais
“Vamos trazer operadores, jornalistas e formadores de opinião para vivenciar o destino in loco. Nenhuma apresentação substitui a experiência de sentir, provar e ver o Equador por si mesmo”, destaca o subsecretário.
A diversificação dos atrativos é outro pilar da promoção. Embora Galápagos continue sendo o principal chamariz, o país quer posicionar também o chamado “Equador continental”, com suas regiões andinas, a floresta amazônica, a costa do Pacífico e a rica oferta de hotéis boutique, comunidades indígenas e gastronomia de classe mundial. A costa da província de Manabí, por exemplo, tem formado chefs premiados internacionalmente.
O perfil de turista desejado é claro: viajantes experientes, com alto poder aquisitivo, que valorizam sustentabilidade, autenticidade e experiências exclusivas. “O brasileiro já viaja para destinos como Argentina e Chile com frequência. O que queremos é que ele veja o Equador como a próxima escolha natural — exótico, próximo, seguro e surpreendente”, finaliza Granda.