São Paulo (SP) – Com 9.486 turistas brasileiros registrados em 2024, a cidade de Quito, capital do Equador, mira um crescimento de 2% no mercado brasileiro em 2025 e trabalha com projeções de longo prazo para alcançar 1 milhão de visitantes internacionais até 2030. O país já opera com um fluxo estável de viajantes da América do Sul, e o Brasil é considerado um mercado estratégico, especialmente pelo perfil de interesse em experiências culturais e de natureza.
“A expectativa é crescer de forma gradual, priorizando a qualidade do turismo. O brasileiro busca vivências autênticas, contato com a história e a biodiversidade, e Quito oferece tudo isso de maneira acessível”, afirma Rubén Lara, coordenador de Promoção Internacional da Quito Turismo.
Dolarizado, mas ainda considerado um destino financeiramente competitivo, o Equador atrai visitantes que combinam turismo urbano, imersão histórica e roteiros de aventura. Quito, por sua localização geográfica e conectividade com outras regiões do país, tem se posicionado como porta de entrada ideal para viagens integradas que incluem Galápagos, a Amazônia equatoriana e os Andes.
Atualmente, a média de permanência do turista brasileiro na cidade gira em torno de 4 noites, com potencial de estender-se a dez dias ou mais em viagens combinadas. O calendário turístico é estável ao longo do ano, com variações climáticas leves entre as estações seca e chuvosa. “Entre julho e outubro temos uma janela ideal para realizar mais atividades ao ar livre, mas Quito é um destino aberto o ano todo, com atrações e experiências ativas em qualquer época”, reforça Lara.
Para impulsionar esse crescimento, o destino tem investido em ações com operadores e agentes de viagens no Brasil, contando com representações locais para facilitar capacitações e atualizações sobre o produto turístico de Quito.
A cidade, que historicamente era vista como ponto de passagem, agora busca consolidar-se como um destino central em roteiros de pelo menos 5 dias, com destaque para a gastronomia andina, centros históricos interativos, museus, e a experiência única de estar na linha do Equador.
A ausência de voos diretos segue como um desafio, mas a promoção via operadoras e apoio institucional às companhias aéreas fazem parte da estratégia de médio prazo. “Nosso foco é manter o destino presente no radar das operadoras e preparar o mercado para crescer com sustentabilidade, promovendo Quito não só como capital, mas como um hub turístico de experiências autênticas”, conclui Lara.