A American Airlines divulgou, nesta quinta-feira (24), os resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre de 2025, com números que superaram as estimativas do mercado, apesar de ainda registrarem perdas. As informações são do portal InfoMoney.
A companhia aérea norte-americana reportou prejuízo líquido de US$ 473 milhões no período, o que representa um aumento de 51,6% em relação ao prejuízo de US$ 312 milhões registrado no mesmo trimestre de 2024. Ainda assim, o prejuízo por ação ajustado foi de US$ 0,59, abaixo da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que projetavam perda de US$ 0,70 por papel.
No lado da receita, a American Airlines arrecadou US$ 12,55 bilhões entre janeiro e março, uma leve queda de 0,2% em comparação ao primeiro trimestre do ano passado. Mesmo assim, o valor superou marginalmente o consenso do mercado, que esperava receita de US$ 12,54 bilhões no período.
Apesar dos dados um pouco mais positivos, a companhia adotou uma postura de cautela ao retirar suas projeções para o desempenho anual. Segundo comunicado oficial, a decisão foi tomada diante da instabilidade macroeconômica. A empresa afirmou que pretende retomar as projeções “quando o cenário econômico se tornar mais claro”.
A American, no entanto, manteve sua estimativa para o segundo trimestre, projetando lucro ajustado por ação entre US$ 0,50 e US$ 1,00, com base nas atuais tendências de demanda por voos e na evolução dos preços de energia, que têm impacto direto nos custos operacionais da aviação.
O mercado reagiu de forma moderada à divulgação dos resultados. Às 8h21 (horário de Brasília), os papéis da American Airlines operavam em leve queda de 0,11% no pré-mercado da Bolsa de Nova York, refletindo a percepção de que, apesar do resultado trimestral melhor do que o esperado, a falta de previsibilidade para o restante do ano segue como um ponto de atenção para investidores.
Com a demanda ainda em recuperação e os custos sob pressão, o setor aéreo continua navegando em um cenário desafiador. A American Airlines, ao retirar seu guidance anual, sinaliza que, mesmo com indicadores positivos pontuais, a trajetória do ano ainda depende de múltiplos fatores externos, especialmente relacionados à economia global e aos preços de combustíveis.