A Justiça do Rio de Janeiro decretou, neste domingo (27), a prisão preventiva de João Ricardo Rangel Mendes, ex-CEO da Hurb (antigo Hotel Urbano), detido em flagrante sob suspeita de furtar obras de arte de um hotel de luxo e de um shopping na Barra da Tijuca, zona oeste da capital fluminense.
Durante audiência de custódia, a juíza Andressa Maria Ramos Raimundo, da 32ª Vara Criminal da Comarca da Capital, negou o pedido de liberdade provisória apresentado pela defesa. Em sua decisão, a magistrada destacou que a gravidade concreta do crime justifica a prisão para proteção da ordem pública, conforme consta em documento obtido pelo Estadão.
A juíza também considerou que o empresário possui anotações anteriores por crimes patrimoniais na Folha de Antecedentes Criminais (FAC) e que o fato de ter residência fixa e emprego não afasta os requisitos legais para a manutenção da prisão. A decisão seguiu parecer do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ), que opinou pela conversão da prisão em preventiva para evitar reiteração delitiva.
Segundo o auto de prisão em flagrante, na última sexta-feira (25), Mendes teria furtado uma obra de arte e três esculturas de um hotel de luxo, além de subtrair dois quadros, um iPad e uma carteira de um escritório de arquitetura em um shopping da Barra da Tijuca.
Imagens de câmeras de segurança mostram o suspeito chegando a um dos locais de motocicleta e retirando um dos quadros da parede. Mendes foi localizado e preso na cobertura de uma residência de luxo na mesma região, após tentativa frustrada de fuga, de acordo com a 16ª Delegacia de Polícia (Barra da Tijuca).
No imóvel, a polícia encontrou três esculturas de cerâmica e um dos quadros furtados, avaliados em mais de R$ 23 mil. Os itens foram devolvidos aos legítimos proprietários. As autoridades seguem em diligência para localizar a última obra de arte ainda desaparecida. Também vale destacar que a Hurb já havia tido o Cadastur cancelado.
Acompanhamento médico
Embora tenha negado a liberdade provisória, a juíza autorizou o encaminhamento de Mendes para acompanhamento médico, em razão da suspeita de tumor e da necessidade de uso de medicamentos controlados.
Até o momento, a defesa do empresário não se manifestou oficialmente sobre o caso.