O turismo em 2025 assume novos contornos, impulsionado por uma integração cada vez mais profunda com a tecnologia. Segundo a nova edição da Revista Tendências do Turismo, lançada pelo Ministério do Turismo em parceria com a Embratur, o comportamento dos viajantes vem sendo moldado por inovações digitais que não apenas alteram o planejamento de viagens, mas também transformam a maneira de vivenciar cada destino.
Para apresentar essas mudanças de tecnologia, a Agência de Notícias do Turismo preparou uma série especial com cinco reportagens, destacando as principais tendências apontadas pela publicação. Três delas se sobressaem: a transformação digital, a popularização das viagens híbridas e a busca por roteiros personalizados.
Tecnologia amplia a autonomia e a personalização
As ferramentas digitais têm colocado o viajante no centro da experiência turística. A inteligência artificial, por exemplo, consolida-se como um assistente virtual capaz de montar roteiros sob medida, levando em consideração o histórico, os interesses e as preferências de cada pessoa. Chatbots com linguagem natural hoje conseguem prestar suporte imediato em situações como atrasos de voos, além de recomendar atrações menos concorridas.
A realidade aumentada e a realidade virtual também têm se tornado aliadas do planejamento de viagens, permitindo explorar museus e pontos turísticos virtualmente antes mesmo da partida. A tendência é que a escolha dos roteiros seja cada vez mais afinada com o perfil do viajante.
Caroline Bremner, chefe de pesquisa de viagens da Euromonitor International, observa que as empresas do setor já adotam a inteligência artificial generativa para personalizar ainda mais o planejamento de viagens. “A hiperpersonalização pode, no entanto, funcionar apenas se todas as necessidades do grupo forem atendidas”, destaca.
Viagens híbridas misturam trabalho e lazer
O avanço do trabalho remoto consolidou um novo perfil de viajante: o nômade digital. Em 2025, destinos como Vitória, Rio de Janeiro e São Paulo se destacam entre os preferidos por quem busca unir compromissos profissionais a atividades culturais. Conhecido como bleisure (junção das palavras “business” e “leisure”), esse estilo de viagem vem sendo cada vez mais estimulado por empresas, que flexibilizam suas políticas para permitir estadias prolongadas.
A cidade do Rio de Janeiro, inclusive, liderou o ranking dos 10 melhores destinos de inverno para nômades digitais, segundo a Aviation Direct. A ideia é clara: proporcionar experiências completas sem abandonar as responsabilidades de trabalho.
Experiências sob medida ganham protagonismo
Outra forte tendência identificada é a busca por viagens altamente personalizadas. Hoje, os turistas querem roteiros que traduzam seus valores, interesses e sonhos. Desde a escolha do transporte até o tipo de hospedagem e de atividades, tudo pode ser moldado conforme o desejo de quem viaja.
De acordo com a empresa Byway, cresce a procura por experiências ricas e memoráveis, cuidadosamente planejadas para refletir a identidade de cada viajante. Em um mundo onde as experiências superam o valor de bens materiais, o turismo de 2025 responde a um público que quer mais do que conhecer lugares: quer vivê-los de forma autêntica.
Neste novo cenário, o turismo se reinventa ao diluir fronteiras entre físico e digital, entre trabalho e lazer, e entre o padrão e a personalização — criando, assim, novas formas de explorar o mundo de maneira mais consciente, tecnológica e personalizada.
