A Ryanair divulgou os resultados do exercício fiscal encerrado em 31 de março de 2025, com crescimento de 4% na receita total, que somou US$ 15,1 bilhões, frente aos US$ 14,6 bilhões registrados no ano anterior. Apesar do aumento, o lucro líquido da companhia aérea irlandesa caiu 16%, passando de US$ 2,09 bilhões para US$ 1,75 bilhão.
O recuo no lucro foi atribuído à alta de 9% nos custos operacionais, que totalizaram US$ 13,4 bilhões no período. A queda de 7% nas tarifas médias também influenciou o resultado, segundo a empresa, que buscou estimular a demanda diante de um cenário de inflação persistente e juros elevados.
No total, a companhia transportou 200 milhões de passageiros em 2025, um crescimento de 9% em relação aos 183,7 milhões do ano anterior. O índice de ocupação das aeronaves (load factor) permaneceu em 94%. De acordo com Michael O’Leary, CEO do grupo Ryanair, o desempenho de tráfego foi impulsionado pela estratégia de tarifas mais baixas. “A principal característica do resultado do ano passado foi a queda de 7% nas tarifas, que impulsionou um forte crescimento do tráfego de 9%, ultrapassando os 200 milhões”, afirmou.
Entre os principais mercados, a Itália liderou as receitas da companhia com US$ 3,2 bilhões, seguida por Espanha (US$ 2,67 bilhões) e Reino Unido (US$ 2,2 bilhões). Nos demais países, a Ryanair somou US$ 6,1 bilhões em receita.
A companhia enfrenta atrasos na entrega de aeronaves encomendadas à Boeing. Atualmente, opera com 618 aeronaves, das quais 181 são do modelo B737-8200 “Gamechangers”. Para o próximo exercício, a Ryanair projeta alcançar 206 milhões de passageiros — alta de 3%. A empresa espera receber os 29 aviões restantes do atual pedido até o verão europeu de 2026. Também está prevista a chegada das primeiras unidades do B737 MAX-10 a partir da primavera de 2027, dentro de um pedido de 300 unidades a serem entregues até março de 2034.