O Turismo no Chile vive um momento de ouro com os brasileiros. Em 2024, mais de 787 mil turistas do Brasil visitaram o país vizinho, um aumento de 62% em relação ao ano anterior. A expectativa para 2025 é ainda maior: ultrapassar a marca de 800 mil visitantes. Os dados, divulgados pelo governo chileno, apontam o Brasil como principal mercado emissor internacional, tanto em volume quanto em gasto médio — com US$ 103,3 por pessoa ao dia.
Além da quantidade, o perfil do viajante também chama atenção. A maioria dos turistas brasileiros tem entre 25 e 44 anos, com predominância na faixa dos 30 a 34 anos. Viajando, em grande parte, em casal (53,5%), os brasileiros buscam não apenas os destinos de neve, mas também experiências com vinhos, gastronomia, compras e cultura.
Santiago segue como o principal destino e porta de entrada, recebendo 90,5% dos visitantes. No entanto, outros destinos ganham relevância, como San Pedro de Atacama (13%), Viña del Mar (3,2%), Valparaíso (2,4%) e o entorno do Lago Llanquihue (1,3%).
“Apostamos em apresentar novos destinos aos brasileiros, além da capital e da neve. Temos regiões como Antofagasta, Arica e Iquique, com grande potencial turístico ainda pouco explorado”, afirma Verónica Pardo, subsecretária de Turismo do Chile.
O crescimento também é impulsionado pela expansão da malha aérea. Entre 2019 e 2024, novos voos diretos conectaram o Chile a cidades como Curitiba e Fortaleza, além da retomada de rotas a partir de Brasília, Recife e Salvador.
Segundo a Embratur, o Programa de Aceleração do Turismo Internacional (PATI) contribuiu para a ampliação da conectividade aérea. Com investimento previsto de R$ 63 milhões em 2025, o objetivo é incentivar voos entre Brasil e mercados estratégicos, como o Chile.
“O Brasil tem papel de destaque no crescimento do turismo no Chile. A conectividade e o perfil do viajante brasileiro tornam essa relação ainda mais estratégica”, complementa Pardo.