Mesmo durante o inverno, o Rio de Janeiro se prepara para viver uma alta temporada de turismo. A Prefeitura do Rio de Janeiro e a Riotur estimam que cerca de 1,1 milhão de turistas visitem a capital fluminense ao longo do mês de julho, o que representa um crescimento de 20% em relação ao mesmo período do ano passado. O impacto econômico projetado é de R$ 2,5 bilhões, impulsionado pelo setor de serviços e pelo consumo dos visitantes.
Em julho de 2024, foram registrados 944 mil turistas na cidade, sendo 88,6% de brasileiros e 11,4% de estrangeiros. Para este ano, a expectativa é de 1 milhão de turistas nacionais e aproximadamente 130 mil internacionais, com média de permanência de quatro a cinco dias. Os gastos também impressionam: os visitantes estrangeiros desembolsam, em média, R$ 605,64 por dia, enquanto os brasileiros gastam cerca de R$ 529,16 diários.
O crescimento é atribuído a uma série de ações de promoção turística, como o lançamento do calendário oficial de eventos pela Riotur e a realização de encontros de projeção internacional, como a cúpula dos Brics. Essas iniciativas têm contribuído para consolidar o Rio como um destino atrativo durante o ano inteiro, não apenas no verão.
“A estratégia é clara: queremos que o turista saiba que o Rio é uma cidade de experiências o ano todo. Nossa programação cultural, nossos atrativos naturais e nossa hospitalidade estão à disposição de janeiro a dezembro”, destaca Daniela Maia, presidente da Riotur.
Além do apelo tradicional das praias, o inverno carioca oferece um calendário diversificado com exposições, festas, eventos esportivos e atrações gastronômicas que têm contribuído para manter a ocupação da rede hoteleira em alta. A expectativa do trade turístico é que o impacto positivo atinja toda a cadeia de valor — hotéis, restaurantes, transportes, guias de turismo, comércio e serviços.
A presença crescente de turistas estrangeiros também é explicada pela retomada de voos internacionais e pela promoção do Rio em mercados estratégicos da América Latina, Europa e América do Norte. A conectividade aérea e o fortalecimento de parcerias com operadoras e OTAs vêm desempenhando um papel relevante nesse processo.
Para a hotelaria, a previsão é de uma média de ocupação superior a 75% durante o mês, especialmente nos bairros turísticos da Zona Sul e do Centro. A expectativa é de que o desempenho de julho impulsione também o segundo semestre, que contará com mais eventos internacionais e o início dos preparativos para a COP30, que acontece em novembro, em Belém, mas deve movimentar também o turismo corporativo nacional.