Europa vive um dos verões mais quentes de sua história recente com a chegada de ondas de calor. Desde o fim de junho de 2025, países como Espanha, França e Itália vêm registrando temperaturas que ultrapassam os 40 °C, afetando diretamente a experiência de turistas e a operação do setor de Turismo. A situação, classificada por autoridades como uma onda de calor histórica, forçou destinos icônicos a rever horários, ampliar ações de alívio térmico e alertar visitantes sobre riscos à saúde.
Na Espanha, cidades como Sevilha e Madri têm registrado 42 °C, levando visitantes a evitarem passeios ao ar livre durante o dia. O fluxo se concentra nas primeiras horas da manhã ou à noite, e museus e centros comerciais climatizados se tornaram os principais refúgios. Na costa mediterrânea, apesar da popularidade, o calor provoca superlotação e desconforto nas praias.
Em Paris, onde os termômetros chegaram a 41 °C, a visitação a pontos ao ar livre como Torre Eiffel e Champs-Élysées caiu significativamente. Atrasos nos trens Eurostar, causados pelo superaquecimento dos trilhos, também atrapalham o deslocamento entre cidades. No sul da França, como Provence e Côte d’Azur, a limitação de ar-condicionado em áreas rurais complica ainda mais o cenário.
Na Itália, o desafio se repete. Roma, Florença e Nápoles beiram os 40 °C. Monumentos como o Coliseu tiveram horários de funcionamento ajustados ou até fechamentos temporários. Na região da Costa Amalfitana e da Sicília, o calor intenso somado ao excesso de visitantes dificulta a logística e reduz o tempo de permanência em áreas externas.
Essa realidade fez com que muitos turistas mudassem seus roteiros, apostando em destinos mais frescos no norte da Europa ou em atividades indoor. Museus como o Louvre (França), os Museus Vaticanos (Itália) e o Prado (Espanha) viram seus números de visitantes crescer significativamente nos horários de pico de calor. Estações de resfriamento, aumento de pontos de hidratação e reforço em atendimentos de emergência se tornaram medidas comuns.
Economicamente, o impacto é sentido com força. Restaurantes com mesas ao ar livre, feiras e operadores de excursões viram a demanda cair. Paralelamente, destinos nos Alpes, Escandinávia e regiões montanhosas experimentam alta nas buscas e reservas. Pacotes de última hora para países como Suíça, Noruega e Áustria dispararam.
A crise climática reforça, segundo especialistas e autoridades de Turismo, a necessidade de adaptação do setor. Flexibilização de horários, promoção de destinos alternativos e planejamento de infraestrutura adequada ao calor extremo estão se tornando temas centrais na Europa. Enquanto isso, os turistas são orientados a manter hidratação, evitar sol intenso e reorganizar seus roteiros para garantir uma experiência mais segura.
