A possível ampliação do banimento de entrada nos Estados Unidos para cidadãos de até 36 novos países, proposta pela gestão do presidente Donald Trump, tem gerado preocupação entre empresas e gestores de viagens. O plano, ainda sem confirmação oficial, prevê a inclusão de nações principalmente da África e do Caribe — regiões com forte relação econômica e institucional com os EUA.
De acordo com documentos preliminares vazados, a medida poderia representar uma das maiores expansões de restrições migratórias da história recente dos Estados Unidos. Setores como energia, tecnologia, saúde e desenvolvimento internacional seriam diretamente impactados.
Entre os países afetados, estão nações com papel estratégico para a economia americana, como a Nigéria, importante fornecedora de petróleo e com um ecossistema de startups em crescimento que tem atraído investimentos de capital de risco dos EUA. Um eventual veto comprometeria viagens de executivos do setor de energia e fundadores de empresas de tecnologia, bem como empresas gestoras de viagens corporativas.
Além do impacto no turismo de negócios, segundo informações divulgadas pelo Skift, a proposta ameaça também o fluxo de estudantes, trabalhadores sazonais e programas de intercâmbio universitário. As companhias estão reagindo com avaliações de risco e planos de contingência, além de intensificar o uso de ferramentas de gestão de viagens para mitigar os efeitos de uma possível nova regulamentação.
Consultorias de viagens corporativas vêm orientando clientes sobre os riscos de entrada nos EUA e possíveis alterações em categorias de visto. As medidas buscam preservar a mobilidade de profissionais essenciais, minimizar impactos logísticos e garantir o funcionamento de operações com parceiros internacionais.
Vale dizer também que, recentemente, o senado dos EUA aprovou corte de 80% no orçamento da Brand USA.