Com a chegada do recesso escolar de julho, aumenta o número de crianças brincando ao ar livre e, junto com elas, cresce também o número de pipas nos céus. Embora tradicional e aparentemente inofensiva, a prática de empinar pipas pode representar risco quando acontece nas imediações de aeroportos. Em junho, o BH Airport, que administra o terminal de Confins (MG), identificou três ocorrências de pipas dentro do sítio aeroportuário. Apesar de não terem provocado incidentes, os registros acenderam um alerta de segurança.
Fabiano Reis, gestor de Operações, Segurança e Experiência do Passageiro do BH Airport, explica que o terminal conta com uma rotina constante de monitoramento para evitar interferências na operação. “Tivemos dias com muito vento em junho, o que pode ter incentivado a prática. Agora, com a chegada das férias, é possível que a brincadeira aconteça com mais frequência. Por isso, a orientação é necessária”, afirma.
Localizado em uma região afastada de grandes centros urbanos, o aeroporto normalmente registra poucos casos desse tipo. No entanto, a proximidade de qualquer objeto com o espaço aéreo pode comprometer a segurança da navegação. Segundo Reis, pipas podem atingir aeronaves em movimento, prender-se a equipamentos sensíveis ou, no pior cenário, serem sugadas pelos motores. O uso de cerol agrava ainda mais os riscos, por aumentar o potencial de danos estruturais.
A soltura de pipas em áreas próximas a aeroportos pode configurar crime conforme o Código Penal, com penas que variam entre dois e cinco anos de prisão. “A segurança é um compromisso permanente do BH Airport. Seguimos investindo em tecnologia, monitoramento e ações de conscientização para manter um ambiente seguro para todos e isso só é possível com o apoio de toda a comunidade”, conclui Reis.