Entrou em vigor em 21 de julho a nova taxa obrigatória para turistas que desembarcam de cruzeiros nas ilhas gregas. Batizada pelo governo da Grécia como “taxa de turismo sustentável”, a cobrança varia conforme o destino e a época do ano, com valores mais altos nos meses de maior movimento e nas ilhas mais populares.
A medida visa principalmente conter os impactos do excesso de turismo em locais como Mykonos e Santorini, que, segundo a Associação de Portos Helênicos, receberam em 2023 um total de 768 navios de cruzeiro e aproximadamente 1,29 milhão de visitantes. A estrutura das ilhas tem sido pressionada pelo fluxo crescente, o que motivou a criação do novo tributo.
De acordo com as autoridades gregas, entre 1º de junho e 30 de setembro – período de alta temporada –, os passageiros pagarão €20 para desembarcar em Mykonos ou Santorini. Para os demais portos do país, a taxa é de €5. Durante as chamadas temporadas intermediárias, que incluem o mês de outubro e os meses de abril e maio, os valores caem para €12 nas duas ilhas mais concorridas e €3 nas demais. Já no inverno, entre 1º de novembro e 31 de março, o custo será de €4 para Mykonos e Santorini e apenas €1 para os demais portos.
A taxa será aplicada por passageiro e por porto de desembarque. A responsabilidade pelo pagamento é das companhias de cruzeiro ou de seus representantes locais. Os valores deverão ser declarados em uma plataforma digital dedicada e quitados trimestralmente.
Caso a obrigação não seja cumprida, os portos gregos poderão impedir o navio de fazer novas escalas nas ilhas e bloquear o desembarque de passageiros. A ação reforça o movimento de outros destinos saturados pelo turismo, como Veneza e Dubrovnik, que também adotaram medidas para regular o fluxo de visitantes por meio de taxas e restrições operacionais.