Apesar das incertezas econômicas e do impacto da inflação no custo das viagens, os americanos estão mais determinados do que nunca a manter seus planos de férias. Segundo o Vacation Confidence Index 2025, realizado pela Allianz Partners EUA, a confiança para tirar férias neste verão atingiu 63%, o maior índice já registrado desde o início da pesquisa em 2009.
Esse otimismo também se reflete no bolso: a expectativa é que os americanos gastem US$ 226,6 bilhões durante a temporada de verão — um crescimento de 2,26% em relação a 2024. O valor também representa mais que o dobro do registrado em 2019 (US$ 101,7 bilhões), demonstrando uma tendência consistente de valorização das viagens no período pós-pandemia.
“O aumento contínuo dos gastos indica que eles consideram as viagens como uma meta principal ao estabelecerem orçamentos e planos financeiros”, afirma Emily Hartman, general manager da Allianz Partners EUA. Ela também ressalta a importância do seguro de viagem para proteger investimentos planejados com antecedência.
A pesquisa, que ouviu mais de dois mil americanos, mostra ainda que o gasto médio por domicílio deve atingir US$ 2.867 neste ano — uma alta modesta frente aos US$ 2.843 de 2024.
Tendências do verão 2025 entre americanos
O levantamento também revelou mudanças no comportamento dos viajantes:
Geração Z e Millennials lideram os planos de viagem, com 70% dos menores de 35 anos confiantes de que sairão de férias.
As “micro-cations” — viagens curtas de uma ou duas noites — estão em alta, com 31% de adesão. Curiosamente, essas escapadas estão mais caras: uma noite custa em média US$ 700, contra US$ 594 em 2024.
O modelo “bleisure” (viagem de negócios combinada com lazer) também cresceu, atingindo 33% dos entrevistados.
Há maior procura por experiências de luxo, especialmente entre os jovens, com 31% planejando investir nesse tipo de vivência.
Mesmo com recordes de gastos, a acessibilidade continua sendo uma barreira. Cerca de 70% dos americanos que não pretendem viajar atribuem a decisão à falta de recursos. Ainda assim, 40% desses afirmam que sairão de férias, mesmo sem condições financeiras — fenômeno que o estudo apelida de “justi-vacation”.
“Este ano, vimos que esse índice atingiu o nível mais alto de todos os tempos, com 75% dos americanos considerando as férias anuais importantes para eles, independentemente de sua capacidade de tirar férias”, destaca Daniel Durazo, diretor de comunicações externas da Allianz Partners EUA.
O Vacation Confidence Index é conduzido anualmente desde 2009 pela Ipsos Public Affairs e define férias como viagens de lazer de pelo menos uma semana, com distância mínima de 160 quilômetros da residência.