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Maurício Herschander
Maurício Herschander
Repórter - E-mail: mauricio@brasilturis.com.br

Corrida sobre trilhos: Guarulhos e Congonhas disputam quem terá conexão ferroviária primeiro

Com entregas previstas para os próximos meses, People Mover e Linha 17-Ouro avançam para facilitar o acesso aos aeroportos paulistas

A tão esperada conexão ferroviária com os principais aeroportos de São Paulo está prestes a se tornar realidade. Tanto Guarulhos quanto Congonhas avançam em seus respectivos projetos, que prometem facilitar o deslocamento de passageiros por meio de trilhos. A disputa agora gira em torno de quem chegará primeiro: o sistema de Aeromóvel do Aeroporto de Guarulhos ou a Linha 17-Ouro, que atenderá o Aeroporto de Congonhas.

Em Guarulhos, o destaque vai para o People Mover, projeto operado pela GRU Airport que pretende conectar o terminal de passageiros à Estação Aeroporto-Guarulhos da Linha 13-Jade da CPTM. Com previsão de entrega para o segundo semestre de 2025, o sistema será operado por um veículo automatizado sobre trilhos elevados, com tecnologia brasileira desenvolvida pela Aeromóvel. Ao todo, serão 2,6 quilômetros de percurso em via elevada, com três estações e capacidade para transportar até dois mil passageiros por hora em cada sentido.

Já em Congonhas, a promessa vem do Metrô de São Paulo, que prevê a entrega da Linha 17-Ouro até o final do ano. O monotrilho, que enfrentou diversos atrasos e mudanças contratuais ao longo dos anos, terá oito estações em um trecho de 7,7 quilômetros e permitirá a conexão do aeroporto à Linha 9-Esmeralda, por meio da Estação Morumbi. A estação Congonhas, que integra o terminal aeroportuário, está praticamente concluída, e os testes com os trens já ocorrem nos trilhos da linha.

Ambos os projetos têm o potencial de transformar o acesso aos aeroportos, desafogando o tráfego rodoviário e promovendo mais integração com o transporte público da capital paulista. A grande questão que se coloca agora é: qual sistema será inaugurado primeiro?

Se Guarulhos largou na frente com a construção da estrutura elevada do Aeromóvel já visível e bem avançada, Congonhas conta com o histórico do Metrô, que apesar de atrasos frequentes, possui mais experiência na operação de sistemas sobre trilhos. Nos bastidores, há otimismo por parte das duas operadoras, que buscam entregar os projetos até o fim de 2025.

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