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Maurício Herschander
Maurício Herschander
Repórter - E-mail: mauricio@brasilturis.com.br

Viagens corporativas batem recorde e faturam R$ 12,5 bi em maio

Alta demanda, estabilidade econômica e redução nas passagens aéreas impulsionam crescimento do segmento, que soma R$ 57,9 bilhões em 2025

O setor de viagens corporativas vive um momento de expansão histórica no Brasil. De acordo com o Levantamento de Viagens Corporativas (LVC), desenvolvido pela FecomercioSP em parceria com a Associação Latino-Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev), o mês de maio de 2025 registrou um faturamento recorde de R$ 12,5 bilhões. O número representa um aumento de 8,9% em comparação com o mesmo mês do ano anterior, evidenciando um cenário de retomada robusta e sustentada no segmento.

No acumulado de janeiro a maio, o mercado alcançou a marca de R$ 57,9 bilhões, 7,9% acima do valor registrado no mesmo período de 2024. O desempenho está diretamente relacionado ao aquecimento da economia brasileira, refletido no IBC-Br — indicador considerado uma prévia do PIB — que apontou crescimento de 0,25% no mês. “Esse fator é favorável para que empresas tenham ainda mais condições de investir em passagens aéreas, hospedagens e locações de veículos para congressos, visitas técnicas, feiras e encontros com clientes”, comenta Luana Nogueira, diretora executiva da Alagev.

A redução nos preços das passagens aéreas, observada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), também colaborou para o bom desempenho. Em maio, a tarifa média recuou 3,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior, contribuindo para a eficiência dos gastos corporativos e estimulando uma maior frequência de deslocamentos. Já no setor hoteleiro, apesar do aumento no preço médio das estadias — com alta de 9,3% segundo o Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB) — a demanda se manteve elevada, com taxa média de ocupação nacional na casa dos 5,3%.

A expectativa para os próximos meses segue otimista, apesar de alguns alertas. “O mercado permanece aquecido, com altos índices de investimentos das empresas em viagens corporativas”, aponta Luana. Entretanto, ela observa um ponto de atenção no cenário internacional: “O tarifaço imposto pelo atual presidente norte-americano Donald Trump afetará, em algum grau, a economia brasileira. Isso pode ocasionar em um resfriamento das movimentações líquidas do setor”. Ainda assim, a executiva acredita que o segmento deve alcançar novos recordes até o fim do ano: “Trata-se de um tipo de gasto relevante e, em geral, recorrente por parte das empresas, que beneficia os empresários do turismo’’, finaliza.

O estudo completo pode ser acessado neste link. Mais informações sobre a Alagev estão disponíveis em seus canais oficiais nas redes sociais.

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