Um levantamento divulgado pelo Newsweek revela que algumas das principais companhias aéreas dos EUA estão aplicando valores mais altos nas passagens de viajantes individuais em voos domésticos. A prática, observada em centenas de tarifas só de ida, não se repete em voos internacionais nem nos trechos de volta.
Segundo o estudo, empresas como American Airlines, Delta Air Lines e United Airlines – que lideram o mercado aéreo norte-americano – estariam oferecendo tarifas significativamente mais caras para quem compra apenas um assento. Nenhuma das companhias respondeu aos questionamentos do estudo.
Um dos exemplos destacados envolve um voo curto da United, marcado para 13 de junho, entre os aeroportos de Chicago O’Hare e Peoria, em Illinois. Na simulação, a tarifa para uma única pessoa foi de US$ 269. Ao selecionar dois passageiros, o valor individual caiu para US$ 181.
De acordo com as condições tarifárias da própria United, as diferenças ocorrem porque o sistema libera categorias distintas conforme o número de passageiros. Para um viajante, a menor tarifa disponível era a “econômica com desconto”. Já para múltiplos passageiros, surgem classes ainda mais acessíveis, como a “econômica com grande desconto”.
Especialistas apontam que a estratégia visa segmentar o perfil de cliente, especialmente os viajantes corporativos. Este público costuma comprar passagens de última hora e viajar sozinho, sendo considerado menos sensível ao preço. Com isso, as companhias conseguem maximizar a receita por meio de ajustes dinâmicos nas tarifas.
A prática chama atenção em um momento de crescente transparência na precificação do setor aéreo, e pode influenciar o comportamento de reserva entre clientes frequentes e empresas que organizam viagens corporativas nos Estados Unidos.