Após um período de reformas, o Museu da Inconfidência, localizado no centro histórico de Ouro Preto (MG), reabriu integralmente para visitação na última quarta-feira (30). O espaço, que já foi cadeia e sede da Câmara Municipal, passou por obras que incluíram novo projeto de prevenção contra incêndio e pânico, melhorias nas instalações elétricas, pintura das alvenarias e limpeza das cantarias, elementos de pedra que compõem a arquitetura do edifício.
As obras foram viabilizadas com recursos do Ministério Público e visam garantir maior segurança ao público e à preservação do acervo. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o projeto contra incêndio está em fase final de regularização, com nova vistoria prevista para os próximos dias.
Durante o fechamento parcial iniciado em janeiro, parte das atividades do museu foi mantida. A Sala de Exposição Manoel da Costa Ataíde, no anexo do museu, e a Casa Setecentista do Pilar, na Rua do Pilar, permaneceram abertas. Além disso, o museu ofereceu programação online e visitas virtuais.
Exposição permanente destaca história da Inconfidência
Construído entre 1785 e 1855, o edifício histórico sediou inicialmente a Câmara Municipal e a cadeia de Ouro Preto. No século XX, passou a funcionar exclusivamente como prisão. Na década de 1930, o local foi transformado em museu, com a instalação do Panteão dos Inconfidentes – espaço criado para receber os restos mortais de líderes do movimento repatriados da África.
A exposição permanente do museu aborda temas como Inconfidência Mineira, mineração, transportes, construção civil, arte sacra, pintura e religiosidade. Recentemente, duas mulheres foram incluídas no panteão: Hipólita Jacinta e Bárbara Heliodora, reconhecidas como inconfidentes.